Uma campanha que começa nesta semana alerta para o risco de acidentes envolvendo a rede elétrica.
Somente no ano passado, 271 pessoas morreram desse jeito. O levantamento foi divulgado pela Abradee, Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica.
Mais da metade das mortes ocorreram durante obras de construção ou manutenção.
O presidente da Abradee, Marcos Madureira, explicou que, nos últimos anos, muita gente deixou de contratar profissionais e passou a fazer obras por conta própria.
A campanha tem o slogan “É aí que mora o perigo”, e espera sensibilizar a população sobre os riscos de lidar com a rede elétrica sem o devido cuidado.
A Abradee reúne as 41 maiores distribuidoras de energia do país. As empresas identificaram, além das construções, outros seis tipos muito comuns de acidentes envolvendo a rede elétrica: operação com uso de guindastes, cabos de energia soltos no chão, poda de árvore, pipa presa no fio, conserto ou instalação de antena de TV e ligações elétricas clandestinas – os chamados “gatos”.
O presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras, José Adorno, é o médico-chefe da unidade de queimados do Hospital Regional da Asa Norte, referência no Distrito Federal.
Ele alertou que, além do risco de morrer ao ter contato com as redes de alta tensão, existe risco de muitos danos ao tomar choque até mesmo dentro de casa.
José Adorno destacou que, além das queimaduras e de danos renais, uma pessoa que sofre esse tipo de acidente pode até ter que amputar uma parte do corpo.
O médico orientou que, se você testemunhar alguém tomando uma descarga elétrica, deve usar algum objeto isolante para afastar a vítima da eletricidade. Pode ser um cabo de vassoura um pedaço de borracha, por exemplo. Nada de metal. Em seguida, peça ajuda ao Samu, no telefone 192.
Fonte: Agência Brasil