Marina Silva se transformou no ponto central da eleição, mas as pesquisas ainda não mostraram a real parcela de eleitores que podem votar na candidata do PSB, que substituiu na legenda o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no último dia 13.
A opinião é do sociólogo e diretor do Instituto de Pesquisa Datafolha, Mauro Paulino, que na noite deste domingo (24) participou do programa “Canal Livre”, da Band. Para o especialista, a ex-ministra do Meio Ambiente, que na última sondagem da empresa registou 21% das intenções de votos,ainda pode crescer 8 pontos percentuais. Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), por sua vez, podem registrar ainda um aumento de 6%. Segundo Paulino, a pesquisa anterior não foi influenciada pelo acidente de Campos, porque Marina se “resguardava” no período e registrou intenções de votos próximas a uma pesquisa feita em abril, quando havia a possibilidade de que ela fosse lançada como candidata à presidente.
“É bem provável que ela ainda cresça rapidamente com toda esta exposição”, ressaltou Paulino. Para o diretor do Datafolha, a morte de Eduardo Campos fez que a eleição fosse apresentada de “forma muito repentina ao eleitor”, deixando a disputa em aberto.
O sociólogo não acha que o chamado “fator emocional” – ou seja, a comoção causada pela tragédia – seja o fator principal para alavancar a posição de Marina. Ele explica que Eduardo Campos não era muito conhecido pelo eleitor, mas que sua morte ressaltou a suposta novidade que ele representaria para a política brasileira.