Fevereiro de 2022 começou com filas para teste de Covid-19 e alta demanda por atendimento médico, além de crescimento nos percentuais de internações no Rio Grande do Norte – tendência percebida desde janeiro. Mas o mês acabou na última segunda-feira (28) registrando baixa de casos da doença.
O momento crítico, que foi considerado a terceira onda da pandemia, é seguido por uma tendência de queda, de acordo com o registro oficial de casos, internações e mortes.
No início do mês, o estado tinha 197 pessoas internadas em UTIs privadas e públicas, por causa da Covid-19. No dia 25 de fevereiro, na última sexta-feira, esse número havia diminuído para 95 internações.
Os números refletem a queda de 37% no registro dos casos de Covid. Na primeira quinzena do mês, foram cerca de 31,9 mil casos registrados da doença. Na segunda quinzena, o número caiu para aproximadamente 19,8 mil.
O relatórios também apontam queda no número de mortes ao longo do mês. Durante a primeira quinzena, os boletins oficiais da Secretaria Estadual de Saúde apontaram registro de 209 mortes pela doença no estado. No segundo período do mês, foram 136.
Para o médico epidemiologista Ion Andrade há fatores que podem explicar a redução de casos.
“Como toda pandemia, ela nunca fica em definitivo, vai ter um momento em que ela declina e acho que esse declínio está relacionado com as boas coberturas vacinais e com os cuidados que as pessoas vêm tomando. Além do fato de que a própria explosão de casos em decorrência da ômicron também produz uma imunidade natural que é capaz de ajudar frear o ímpeto dessa variante”, considerou.
O questionamento agora é se a queda seguirá pelos próximos meses e se vai representar um período mais confortável da pandemia no estado, como foi observado na segunda metade do segundo semestre de 2021. Para o epidemiologista, ainda é cedo para afirmações sobre controle de casos.
“Se nós tivermos, nos próximos meses – março, abril e maio – com a continuidade desse declínio, ai sim nós poderemos cogitar a hipótese de que a epidemia possa ter ficado para trás em decorrência da imunidade natural produzida pela variante ômicron e sobretudo em decorrência da vacinação”, pontuou.
A orientação de especialistas para que a diminuição se mantenha é a de manutenção das medidas sanitárias como o uso de máscaras e o avanço da vacinação.
“A situação que a gente vive agora é uma diminuição dessa onda da ômicron no mundo todo, mas a gente tem um vírus respiratório circulando. Então a vacinação é extremamente importante, que as pessoas busquem os postos de vacinação porque os países que estão começando a liberar as medidas restritivas são os que estão mais avançados na vacinação. Um exemplo é a Dinamarca”, disse a imunologista Janeusa Souto, da UFRN.
Segundo dados do RN Mais Vacina, mais de 2,8 milhões de potiguares já tomaram a primeira dose da vacina contra Covid-19. O número representa cerca de 91% da população apta a tomar a vacina. No entanto, quando se trata da segunda dose, o percentual cai para 79%. E na terceira dose, para 36%.
Fonte: G1RN
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