ARTIGO: Diógenes da Cunha Lima

SUBMISSÃO OU DESOBEDIÊNCIA – “Terrível é a palavra NON (não em latim). Não tem direito nem avesso”, disse o padre Antônio Vieira. Ele que havia questionado a decência de o rei dizer não. Às vezes, a desobediência pode revelar a dignidade da não-submissão. Na cidade de Susã, o rei do mundo, Xerxes, governava a Pérsia, […]

ARTIGO: Diogenes da Cunha Lima

A CHAMA OLÍMPICA –  Do caos nasceram as estrelas. As estrelas são fogo e iluminação. Simbolicamente, o fogo é vida, espírito, paixão, porque ilumina. Em todos os recantos do mundo é considerado sagrado porque purifica, renova, regenera. Os devotos acreditam que o fogo tem a força de convocar as forças celestes e da natureza. No […]

Cordel – patrimônio nacional

Diogenes da Cunha Lima Considerada patrimônio histórico e cultural do Brasil, a literatura de cordel é poesia popular característica do povo nordestino, impressa e divulgada em folhetos. Chegou ao Brasil no século XVI, introduzida pelos portugueses desde o início da colonização. Segundo Clotilde Tavares, foi inventada por Leandro Gomes de Barros no séc. XIX. O […]

Shakespeare na Academia

  Diogenes da Cunha Lima A Academia Norte-rio-grandense de Letras, na celebração dos seus 80 anos, fará homenagem ao bardo inglês William Shakespeare (1584-1616). Certa vez, convidei na hora o mestre Câmara Cascudo para estar presente na Galeria de Arte da Prefeitura, que existia na praça André de Albuquerque. O mestre, de improviso, fez inovadora […]

A Benção de Câmara Cascudo

Diogenes da Cunha Lima Quando vim estudar aqui, meu pai, que tinha enorme curiosidade intelectual, advertiu-me:  – Você gosta de literatura. Em Natal só tem um rio que é Câmara Cascudo. O resto é tudo riacho. Banhei nas águas desse rio a minha adolescência e maturidade. Inicialmente, tentei, sem sucesso, aproximar-me dele. Mas mesmo sem […]

A mulher, arte moderna

Diógenes da Cunha Lima Abaporu! do latim, aba, gente; poru, que come.  Então, abapuru: comedor de gente. A mulher é arte antiga e arte moderna, sabe de artes.  Américo Vespúcio registrou as belas índias potiguares, em 1501, comendo um mancebo marinheiro. O primeiro prato feito no Rio Grande do Norte foi, pois, português na brasa. […]

A mulher no refrão

Diogenes da Cunha Lima Apesar da igualdade estabelecida por lei, é restrito o acesso aos direitos sociais pela mulher brasileira.  Quem nasce mulher, vive ainda submetida a descriminação pelos preconceitos.  É verdade que estão ocorrendo mudanças, mas mudanças lentas. Uma minoria de mulheres ocupam cargos, exercem funções superiores.  A maioria das que trabalham ganham menos […]

Das Flores

Diogenes da Cunha Lima Mesmo com vida breve, as flores fascinam. Leila ama as flores. A minha filha fotografa por prazer, nas horas vagas, vez que é dedicada Procuradora do Estado. O seu olhar atento às flores tira delas o caráter efêmero para dar permanência a formas, livres de impurezas, cores insuspeitadas e, quase diria, […]

Memorial da Mulher

Diogenes da Cunha Lima “Sem a mulher, a vida é apenas prosa.” (Rubén Darío, 1867-1916) Nenhum Estado brasileiro tem maior legitimidade para exaltar a participação feminina que o Rio Grande do Norte. De fato, já no século XVII, tivemos a primeira mulher guerreira do Brasil, Clara Camarão, comandando tropa para expulsão dos holandeses. Nísia Floresta […]

Banalização da violência

Diogenes da Cunha Lima O Brasil vive a violência contra a natureza (SAMARCO), contra as Instituições (PETROBRÁS) e contra a ética (POLITICAGEM). Um vale de lágrimas e mares de lama. O símbolo do Brasil é o amor. E amor eterno. Pelo menos, é o que recomenda o Hino Nacional Brasileiro. Símbolo nacional é representação, com […]

Mulher princesa

Diógenes da Cunha Lima Vamos parabenizar a mulher. Ela merece. Simplesmente porque é a metade mais sensível, calma e flexível, a metade mais bonita da humanidade. Não tenho certeza, mas, muitas vezes, desconfio de que também é a parte mais inteligente. Quem pode discordar do louvor à mulher-mãe, vó, filha, amiga?  Quanto vale o que […]

A Vó de Jesus

Diógenes da Cunha Lima No Natal se evoca o menino, pobre e lindo na manjedoura. No máximo, sua Mãe e São José. Evoco sua avó materna, Sant’Ana, a quem fui consagrado no dia em que nasci (26.07) e de quem sou devoto. Há silêncio bíblico sobre os avós de Jesus, inclusive sobre São Joaquim. Mas […]

O Medo do Seridó

Diógenes da Cunha Lima O Seridó é uma civilização solidária.   As características comuns da sociedade seridoense, em seu conjunto, tornam o seu povo único. Os fenômenos sociais religiosos (Santana, a Padroeira maior, as Clarissas Descalças, a festa dos Negros do Rosário, o Castelo de Engadi), os fenômenos estéticos, (as belas moradias, cores, flores e animais […]

Memorial da Mulher

Diógenes da Cunha Lima “Sem a mulher, a vida é apenas prosa.” (Rubén Darío, 1867-1916).  Nenhum Estado brasileiro tem maior legitimidade para exaltar a participação feminina que o Rio Grande do Norte. De fato, já no século XVII, tivemos a primeira mulher guerreira do Brasil, Clara Camarão, comandando tropa para expulsão dos holandeses. Nísia Floresta […]

Festivais do Saber (a Europa que eu senti)

Diógenes da Cunha Lima Esta era televisiva, de tevê banalidade e de muito pouco conteúdo, não é privilégio nosso. Na Itália, há poucos canais de televisão, e fui informado de que o controle acionado é do Estado ou do Chefe do Executivo. Porém lá, compensando a pobreza cultural televisiva, há a suprema difusão da cultura […]

A Mulher e o Ditado Popular

Diógenes da Cunha Lima “As mulheres sabem de tudo”. (Provérbio latino) Mulher só é mulher na mágica do momento. (DCL) Apesar da igualdade estabelecida por lei, à mulher brasileira é restrito o acesso aos direitos sociais. Quem nasce mulher, vive ainda submetida à discriminação advinda de preconceitos. É verdade que estão ocorrendo mudanças, mas em […]

O medo do Seridó

Diógenes da Cunha Lima O Seridó é uma civilização solidária.   As características comuns da sociedade seridoense, em seu conjunto, tornam o seu povo único.  Os fenômenos sociais religiosos (Santana, a Padroeira maior, as Clarissas Descalças, a festa dos Negros do Rosário, o Castelo de Engadi), os fenômenos estéticos, (as belas moradias, cores, flores e animais saídos […]

Lições de tempo e dinheiro

Diógenes Da Cunha Lima Guardo com carinho duas lições de vida. Uma de um pescador de Pirangi e outra do Maestro Felinto Lúcio. Foi assim. Eu estava convicto de que a lei de mercado funciona: a minha pretensão urbana e tola acreditava na lógica de supermercado ou de shopping center. Mercadorias tinham um preço que […]

Olhar e Ver

Diógenes Da Cunha Lima Olhar é dirigir o olho, fitar.  Falta um certo compromisso no observador.  Ver é apreender a coisa, talvez seja mais do que isso, seja compreender.  Ver é conhecer pela vista.  Olhar é fixar o olho, a vista em alguma coisa.  Quem olha nem sempre observa o detalhe, nem confere importância superior […]

A Arte do Ofício

Diógenes da Cunha Lima Tive o privilégio de estar com Wodem Madruga quando entrevistava Sanderson Negreiros no programa Memória Viva, que, graças a Deus, a TV Universitária dá continuidade. Wodem, também amigo de mais de cinqüenta anos, provocou o entrevistado para que dissesse, nas origens, a sua participação literária. A resposta foi surpreendente. Saído do […]