FOTOS: FAUNA, FLORA – Diogenes da Cunha Lima
FOTOS: FAUNA, FLORA – O Rio Grande do Norte é um Estado de belezas insuspeitadas. Muitas, de expressão poética. É representado pela Cattleya Granulosa, uma orquídea que se expõe nas mais diversas cores e matizes: verde, amarelo, rosa, marrom e alaranjado. A Xanana, singela e poderosa, é um símbolo floral da nossa capital. Ambas dispostas […]
O HUMOR DE ZÉ AREIAS – Diogenes da Cunha Lima
O HUMOR DE ZÉ AREIAS – Espirituoso, humorista nato, poeta popular, o boêmio José Antônio Areia Filho (1901-1972), conhecido como Zé Areias, por décadas, fez rir e encantou Natal, improvisando com absoluta espontaneidade e, por isso, muito querido. Numa véspera de carnaval, comemorando com colegas estudantes de Direito no Bar da Tripa, Zé Areias cantava […]
ALVÍSSARAS! – Diogenes da Cunha Lima
ALVÍSSARAS! – Natal ama dar alvíssaras, mesmo nestes tempos de tristezas do confinamento. Os olhos do alvissareiro, na torre mais alta da cidade, viam o mar e o Potengi amado e também o casario, com suas árvores e jardins e, ao longe, as verdes dunas. Ele trazia a boa nova, fazia a exclamação visual da […]
VIVA O ALECRIM – Diogenes da Cunha Lima
VIVA O ALECRIM – Alecrinense apaixonado, o professor Lúcio Teixeira é observador arguto da psicologia social, registrando velada simpatia dos torcedores do América e do ABC. Segundo ele, ninguém rejeita o Alecrim Futebol Clube (AFC). A afirmação demonstra o acerto do hino oficial criado pelo compositor Dosinho: “É voz geral da torcida potiguar, o negócio […]
GIGANTES DA LITERATURA SUL-AMERICANA – Diogenes da Cunha Lima
GIGANTES DA LITERATURA SUL-AMERICANA – Um brasileiro, Jorge Amado; um argentino, Jorge Luiz Borges; e um peruano, Mario Vargas Llosa. Absolutamente singulares, mas têm alguma coisa em comum. O elo é o Nobel Llosa. Qualifico-os, pela ordem: o bom, o filosófico, o contemporâneo. Com carinho e natural generosidade, Jorge recebeu, na Bahia, o parceiro romancista […]
MURILIANAS – Diogenes da Cunha Lima
MURILIANAS – Nenhum potiguar e raríssimos brasileiros viveram a aventura e tiveram a ventura de Murilo Melo Filho. Ele justificou o seu êxito como sendo generosidade divina e, também, em decorrência do seu amor ao jornal, à revista, à TV. No exercício profissional, entrevistou ou foi recebido pelos maiores protagonistas do século XX. Personalidades como […]
VIOLÊNCIA ICONOCLÁSTICA – Diogenes da Cunha Lima
VIOLÊNCIA ICONOCLÁSTICA – O vandalismo é uma das características devastadoras do nosso tempo. Protestos são seguidos de saques e destruições. O alvo agora é a danificação ou, às vezes, ruína total de estátuas representativas de personagens importantes, sob o equivocado pretexto de que elas representam o politicamente incorreto. Foi por pensarem assim que os vândalos, […]
A MÁSCARA CASCUDIANA – Diogenes da Cunha Lima
A MÁSCARA CASCUDIANA – A máscara salva. Transformou-se em símbolo da luta contra essa cosmopolização selvagem, o vírus. O seu valor simbólico tem raízes no passado, quando, ocultando a face, era usada em danças sagradas, manifestação do divino. Se não é possível atinar para que vivemos, todo o esforço consciente é tentar sentir como vivemos, […]
CARTA A UM JOVEM ADVOGADO – Diogenes da Cunha Lima
CARTA A UM JOVEM ADVOGADO – Meu caro colega, você me pede conselhos em razão de suas aspirações. Como resposta, quero lhe dizer do que aprendi na longa, árdua e gratificante carreira jurídica. O Direito só tem um caminho, o que leva em direção à Justiça. Entretanto, há muitas veredas que conduzem a essa meta. […]
A FLOR DA MANHÃ – Diogenes da Cunha Lima
A FLOR DA MANHÃ – A manhã é uma flor. Você já pensou como a manhã vai florescer quando estivermos livres desse inimigo mortal, o vírus? Então, novamente poderemos abraçar, beijar, cheirar, com toda liberdade, as pessoas que amamos. Um galo sozinho não tece uma manhã, garante o poeta João Cabral de Melo Neto. E, […]
BREVIÁRIO DOS POLÍTICOS – Diogenes da Cunha Lima
BREVIÁRIO DOS POLÍTICOS – O Rei Sol Luiz XIV da França escreveu suas “Memórias” para orientar o filho. No capítulo “O Aprendiz de Rei”, reconhece a dura e rigorosa condição dos reis. Sobre o seu tutor Mazzarino diz ser hábil, destro, que o amava e a quem amava, que lhe prestou grandes serviços. Foi seu […]
SALVADOR DALÍ, O DUPLO – Diogenes da Cunha Lima
SALVADOR DALÍ, O DUPLO – É necessário reaprender, adequar a vida a este tempo estranho, surreal, em que o gregário ser humano vive isolado. É tempo de perigo, medo e solidão. Ficar em casa, como tudo na vida, tem o seu lado bom. Estou matando a minha fome de bons livros, de apreciação literária e […]
AS MÃOS, O CORPO – Diogenes da Cunha Lima
AS MÃOS, O CORPO – É tempo de floração da cultura digital. Digital diz respeito aos dedos da mão. Estão nas mãos humanas as flores do bem e as flores do mal. No isolamento compulsório, a que fomos submetidos, comanda a internet. Distribui informações maravilhosas, ou destinadas à perturbação social. O coronavírus faz-nos lembrar de […]
A FORÇA DO SONETO – Diogenes da Cunha Lima
A FORÇA DO SONETO – Willian Shakespeare (1564-1616) é insuperável na sua lírica amorosa. Nesse gênero, privilegiou o esquema rítmico do soneto. Somente um escritor da estatura de Ivo Barroso, senhor e inventor dos mais hábeis recursos poéticos, poderia fazer a transposição dos poemas. Soneto, em franco-provençal, é diminutivo de som, significando melodia. A forma […]
LIÇÕES DO NOSSO TEMPO – Diogenes da Cunha Lima
LIÇÕES DO NOSSO TEMPO – O tempo está nos convidando à reflexão, e mesmo a mudar de vida. A sabedoria do Eclesiastes, historicamente comprovada, ensina que não há nada novo debaixo do sol e que há tempo para tudo. É tempo de chorar pelos mortos queridos e de lamentar o sofrimento dos semelhantes. O isolamento […]
CLARICE & COMPANHIA – Diogenes da Cunha Lima
CLARICE & COMPANHIA – Todo bom escritor cultiva a solidão. Sem ela não se fazem as obras primas. Clarice Lispector, talvez centenária (não há certeza sobre a data de seu nascimento), compartilhou com pessoas admiráveis seu íntimo exílio. Afirma: “Morro de medo de ficar sozinha.” E ainda: “Eu tenho que ser minha amiga, senão, não […]
GATOS NA LITERATURA – Diogenes da Cunha Lima
GATOS NA LITERATURA – Talvez porque os gatos sejam uma obra de arte, como anotou Leonardo da Vinci, os escritores, necessariamente valorizadores da estética, dedicam-lhes poemas, contos, ensaios. O gato convive com o ser humano, fascinando-o, há mais de dez mil anos. Desse convívio, nasce uma relação de amizade ou de desamor ou, até mesmo, […]
NATAL E CLARICE – Diogenes da Cunha Lima
NATAL E CLARICE – A mais internacional das escritoras brasileiras, Clarice Lispector (1920-1977), é reconhecida como enigmática, bela e fascinante. No Egito, ao ver a esfinge de Gizé afirma não saber decifrá-la. Demora um pouco, e observa: ela também não me decifra. A sua presença em Natal ficou marcada por intensa tristeza e, por outro […]
NOMES DE GENTE – Diogenes da Cunha Lima
NOMES DE GENTE – O nome é o destino. As pessoas tomam atitudes, adotam um tipo de comportamento, influenciam e são influenciadas em razão do nome que lhe foi imposto. No Maranhão, José de Ribamar é tão comum quanto já o foi João Maria em Natal. Em São Luiz, mais uma criança foi batizada com […]
BRASILEIROS NA ÁUSTRIA – Diogenes da Cunha Lima
BRASILEIROS NA ÁUSTRIA – Viena, cidade reconhecida como a melhor do mundo para se viver, acolhe cerca de cinco mil brasileiros, segundo estimativa do Itamaraty. É embalada pelo Danúbio Azul do Strauss, que muito amamos. O rio não é revoltoso como o Curimataú, nem tem suas águas barrentas, elas têm coloração verde-grama. O Brasil estabelece, […]