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A Comunidade Cavaco Chinês, no bairro Pajuçara, na Zona Norte de Natal, voltou a alagar após as chuvas que caíram nos últimos dias de março na capital potiguar. Algumas ruas ficaram completamente alagadas.
No ano passado, a comunidade ficou dois meses alagada por conta de chuvas e da cheia do Rio Doce. A situação só foi totalmente controlada no fim de agosto, quando o Município concluiu uma drenagem na comunidade. Cerca de 60 imóveis foram afetados.
Nesse ano, segundo relataram moradores, o nível da água não chegou ao ponto do ano passado, em que em alguns trechos havia água na altura da cintura, o que exigiu moradores abandonarem suas casas, mas há um receio.
Apesar disso, já há prejuízo, como a recusa de motoristas por aplicativos na região, por exemplo. “Eu tenho um filho pequeno, de 3 anos, ele é autista e pra vir um Uber pra vir levar não tem como”, lamentou a vendedora Maria Rita Honorato, que mora na rua Missão de Cristo.
Em três dias, Natal recebeu chuvas de 240 milímetros, superando a média história para todo o mês de março, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil) afirmou nesta segunda-feira (17) que não deverá decretar situação de emergência causada pelas chuvas que caem sobre a capital potiguar desde a semana passada.
No entanto, o gestor afirmou que o município continua monitorando a situação. Questionada, a prefeitura informou que ainda não tem o levantamento do total pessoas atingidas pelos danos da chuva. Ao todo, o município tem 5 famílias desalojadas e que foram abrigadas em casas de familiares.
‘Medo de chuva forte’, diz moradora
A moradora relatou que para sair de casa, mesmo a pé, já tem usado parte do terreno do vizinho, que possibilita ir para outra rua. Além disso, há um receio de que as chuvas continuem e que seja necessário desocupar a casa.
“No momento a gente não dorme lá porque a gente tem medo de vir uma chuva forte e não conseguir sair com ele [o filho]. A gente sai pelo quintal do vizinho e sobe. Se entra mais água pra lá, a gente não vai ter mais como”, relatou.
A vendedora disse que no ano passado a prefeitura prometeu uma drenagem para evitar os alagamentos durante as chuvas, mas que nada foi feito de forma preventiva.
“Foi prometido que eles iam fazer uma obra de drenagem, mas não foi feito nada. E a gente está na mesma situação. Se continuar chovendo a gente vai ter que sair das nossas casas”, lamentou.
Problemas na Zona Norte de Natal
Outros problemas foram causados após as chuvas intensas na Zona Norte de Natal. No bairro Nossa Senhora da Apresentação, por exemplo, uma no cruzamento da Avenida Maranguape com a Rua São Francisco preocupa moradores, por se tratar de uma obra antiga.
Segundo os moradores, a obra está parada há mais de um ano, e durante as chuvas há uma piora na situação, o que gera medo.
Já na Rua Visconde de Saboia, no Pajuçara, o asfalto cedeu e uma cratera se abriu com a força da água em direção a um campo de futebol do bairro. Rachaduras ficaram no asfalto, e canos estavam expostos.
Até a atualização mais recente desta reportagem, o que havia era apenas um isolamento improvisados. Duas linhas de ônibus têm trajeto no local: 60 e 15-16.
Fonte: G1