Cemitérios públicos de Natal devem ser verticalizados, segundo proposta da prefeitura — Foto: Prefeitura de Natal
Cemitérios públicos de Natal devem ser verticalizados, segundo proposta da prefeitura — Foto: Prefeitura de Natal

Os oito cemitérios públicos de Natal não têm mais espaço para abertura de novas vagas para sepultamentos. Somente pessoas cujas famílias já têm jazigos podem ser enterradas. A informação é da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), pasta responsável por administrar os cemitérios da capital.

Para quem não tem jazigo, há a possibilidade de utilizar covas provisórias, nas quais os restos mortais precisam ser exumados e transferidos após certo período. São vagas abertas entre um túmulo e outro em alguns dos cemitérios que ainda têm espaço para fazê-lo.

Segundo a Semsur, o problema da lotação nos cemitérios públicos já vinha ocorrendo em Natal há algum tempo. No entanto, os dados da pasta mostram o impacto que a Covid-19 tem causado.

Somente no mês de maio deste ano, 246 pessoas foram enterradas nos cemitérios administrados pela Prefeitura de Natal. Em maio do ano passado foram 174. Dos 72 óbitos registrados a mais neste ano, 60 foram provocados pelo novo coronavírus.

A Semsur alega que, já prevendo uma lotação do sistema, no ano passado iniciou os debates para a ampliação de vagas. A proposta é verticalizar uma área existente no Cemitério Bom Pastor II, o mais novo entre os oito, para a construção de mil sepulturas.

Atualmente, o projeto de verticalização está em fase de estudo e análise para, posteriormente, ser estruturado e licitado. A expectativa da Semsur é de que a licitação ocorra até o final deste ano, com a construção dos novos túmulos sendo realizada em 2021.

Contrato SMS e Grupo Vila

Os pacientes mortos de Covid-19 que não têm jazigo familiar já existente nos cemitérios públicos são enterrados pelo Grupo Vila, que atua no mercado funerário potiguar. O grupo firmou contrato no início do mês passado com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSO, para a realização de sepultamentos e cremações de corpos das vítimas do novo coronavírus.

Segundo o Vila, o contrato foi estipulado levando em consideração o pedido da SMS para cotação de valores relativos a 350 sepultamentos e 150 cremações. O valor global é um teto definido mediante a solicitação da Secretaria, e o Grupo Vila receberá exclusivamente pela quantidade de serviços funerários que forem realizados.

O Grupo Vila afirma que, até esta segunda-feira (1º), fez oito enterros e nenhuma cremação.

Fonte: G1RN

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