O mercado de ações terminou o dia de ontem com baixo volume de negócios e oscilações hesitantes. As incertezas do cenário político continuaram como pano de fundo, inibindo a iniciativa dos investidores de assumir posições de risco. Nesse ambiente, as flutuações refletiram o desempenho das commodities e as movimentações no âmbito corporativo. O Índice Bovespa alternou altas e baixas e terminou o dia com recuo de 0,30%, aos 61.087,13 pontos. Com esse resultado, o índice encerrou a semana com perda de 0,87%, acumulando resultado negativo de 2,59% em junho. Os negócios do dia somaram R$ 5,8 bilhões. Operadores relataram que, assim como em boa parte da semana, os negócios foram essencialmente de curtíssimo prazo, uma vez que o cenário de indefinição retrai o investidor de mais longo prazo.
Na análise por ações, o destaque ficou novamente com as ações da Vale, que subiram pelo terceiro dia consecutivo, garantindo o desempenho positivo no acumulado da semana. Vale ON e PNA subiram 0,81% e 0,28% respectivamente. Os papéis, que refletem o momento de preços firmes do minério de ferro, amenizaram a baixa do Ibovespa. Já os papéis da Petrobras recuaram 1,23% (ON) e 0,91% (PN), a despeito da alta dos preços do petróleo. Os bancos, grupo de maior peso na composição do Ibovespa, também tiveram desempenho negativo. Banco do Brasil ON fechou na mínima do dia, em queda de 2,00%. No acumulado da semana, as ações do BB acumularam perda de 7,31%. Segundo analistas, as ações do setor financeiro refletem em boa parte o risco político. Na última quarta-feira (21), os investidores estrangeiros retiraram R$ 127,285 milhões da B3. Com isso, o saldo acumulado em junho está negativo em R$ 1,796 bilhão. Em 2017, há ingressos de R$ 3,863 bilhões.