CHAME-ME! EU ESTOU AQUI – Carlos Alberto Josuá Costa

CHAME-ME! EU ESTOU AQUI –

Gratificante é acompanhar o momento de oração de uma criança. Naquele instante flui uma corrente de amor entre o coração infante e a grandiosidade divina, o que chamamos de perfeita harmonia.

Mesmo que as palavrinhas sejam proferidas no linguajar infantil elas produzem efeito de luz e paz, que leva o pleno aceite de Deus aos ditames de sua oração.

Raras são as crianças que não rogaram ao Santo Anjo do Senhor para, depois de bocejar, não pedir em voz alta as bênçãos sequenciais: “a benção papai do céu, a benção mamãe do céu, a benção papai, a benção mamãe, a benção vovó, a benção vovô…”.

É sabido que o próprio Jesus se “retirava” para entrar em sintonia com Deus. Ele não abria mão de clamar ao Pai, força e perseverança para cumprir os seus desígnios.

Os que os acompanhavam, sem perceberem o quanto a missão de Jesus era nova, também sentiram a necessidade e pediram a Jesus que os ensinasse a rezar.

Orar ou rezar, ambas promovem a elevação da alma a Deus de todas as súplicas, desde aquelas de petição e agradecimento até as orações de louvor ao Criador.

Não me arrisco a realizar qualquer tarefa sem fazer as minhas orações. Aliás, sem elas, me sinto tão fraco, que, se um contratempo me impulsionar para uma ação sem antes agradecer e entregar a Deus aquele dia, nada sai a contento.

Ao abrir os olhos já busco a energia espiritual: “Bom dia Senhor, bom dia Senhora, bom dia natureza amiga, bom dia todos os santos e todos os anjos, bom dia papai, bom dia mamãe, bom dia todos os espíritos de luzes, bom dia todos os mentores espirituais do bem. Obrigado Senhor por mais este dia; fazei com que eu possa transformar este dia, em um dia de paz, de fé, de esperança e de resultados”.

Pronto, agora é seguir com a certeza de que os obstáculos e as armadilhas diárias serão enfrentados com o escudo de proteção do Senhor. Não sem luta, não sem esforço, não sem cair e levantar, não sem ter a certeza que ainda tenho muito a melhorar.

Outra forma de oração é a chamada “Oração Viva”. É aquela que se apresenta no sorriso de uma criança, num ato de amor, numa mão dada em auxílio, ao ouvir quem precisa falar, num gesto de caridade, num olhar solidário, numa forma de gratidão.

Aprendi que calar quando o coração está angustiado, para poder ouvir o que Deus tem a nos dizer, também é uma forma de oração.

Oração também é procurar entender o próximo em sua própria dimensão: ver o que há de melhor, ressaltar o que de bom ele tem que possa ser compartilhado com mais outro. Certamente ele também proferiu a sua oração diária para o enfrentamento de seus percalços.

A oração é essencial para todos nós. Através dela poderemos estar na presença de Deus e colocar as coisas em suas perspectivas certas.

 Muitas vezes ficamos confusos quanto orar e agir por conta própria. Pedimos a Deus, mas não esperamos pelos resultados. Somos levados a retirar de Suas mãos e peregrinar em caminhos outros sem dar chance ao Pai de nos atender. Isso é oração sem fé.

Adote a pergunta que Jesus fez ao cego de Jericó: “Que queres que te faça?”. Tenha a coragem de responder e Ele terá a coragem de atender.

Perceba que Jesus não nos deixa “em paz”; Ele continua a nos oferecer oportunidades – “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. (João 15:7)

Enquanto Jesus abre o leque de opções para pedirmos o que quisermos, Ele pede a nós apenas uma: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós”.

Portanto nunca perca a capacidade de orar.

Abra o guarda-chuva da oração diária se quiser enfrentar as dificuldades com a certeza de que as tempestades serão mais amenas.

Eu sei muito bem o que é se livrar do “laço do passarinheiro” e só consegui porque não soltei a mão de Deus.

Onde a nossa força não chega, Deus chega!

Chame-me! E ouvirás como resposta: “Eu estou aqui”.

 

 

 

 

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras (josuacosta@uol.com.br)

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