Uma mistura de condenação e preocupação deu o tom nas declarações de russos e chineses, que têm afinidades políticas e, especialmente, militares com os iranianos. Nos últimos dias de 2019, as três Marinhas fizeram exercícios conjuntos com navios de guerra no Oceano Índico e Golfo de Omã, no Oriente Médio. O treinamento aconteceu no local onde os iranianos apreenderam um petroleiro britânico em 2019.
Depois os testes, autoridades militares do Irã disseram que os exercícios representavam que Teerã, Pequim e Moscou tinham uma relação significativa, relação com reflexos diretos no equilíbrio de forças da região.
A Rússia dá sustentação política ao regime do ditador sírio Bashar al-Assad, que também é aliado do Irã. O governo russo chamou o ataque americano de passo imprudente. O Ministério das Relações Exteriores do país declarou que ações como esta não criam soluções, pelo contrário. Segundo o Kremlin, o presidente Vladimir Putin, numa conversa por telefone com o presidente francês Emmanuel Macron, disse que a morte de Soleimani agrava seriamente a situação na região.
A China é compradora de óleo iraniano, apesar das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos. Também tem interesse em cooperação no programa nuclear.
Nesta sexta-feira (3), o porta-voz do Ministério de Assuntos Estrangeiros chinês declarou que o país sempre se opôs ao uso da força para a solução de conflitos internacionais e que as resoluções da ONU precisam ser respeitadas. E que a estabilidade no Oriente Médio deve ser mantida. O comunicado fez pedidos aos dois lados, mas ressaltou que sobretudo os Estados Unidos devem se manter calmos para evitar o aumento nas tensões.
Fonte: G1