Uma chuva acompanhada de ventos fortes derrubou parte do teto de um posto de combustíveis e colocou abaixo o pórtico do município de Itaú, no Oeste potiguar. A ventania foi registrada entre a tarde e o início da noite dessa quinta-feira (22) em várias cidades da região e também causou interrupção no fornecimento de energia em algumas localidades.
Apesar dos incidentes provocados pelo fenômeno em Itaú, ninguém se feriu e não houve maiores danos. Em um vídeo feito por moradores da região é possível ver a força dos ventos e da chuva. Segundo a prefeitura, caíram cerca de 55 milímetros.
Em Severiano Melo, a chuva também foi acompanhada de ventos e relâmpagos. Em Patu, também houve muita chuva com vento durante a tarde de ontem. Segundo o Gerson Alves, que registrou a chuva, não houve informações de maiores danos na cidade, porém ele relatou uma interrupção do fornecimento de energia elétrica na cidade desde às 17h até às 21h.
Na região Seridó, também houve registro de chuva e do vento forte na cidade de Caicó. Uma espécie de nuvem de poeira se formou na cidade, durante a tarde.
De acordo com o meteorologista José Spínola, embora o fenômeno não seja muito comum, já aconteceu em outras ocasiões, principalmente em bons anos de chuva.
“De vez em quando acontece de, no mês de outubro, se verificar chuvas assim em algumas partes do estado. Principalmente quando a gente está em um regime de anos normais de chuva. Passamos por 7 ou 8 anos de seca e agora 2018, 2019, 2020 e provavelmente 2021 a gente está em uma situação diferente de inverno, os invernos estão ficando mais regulares. É possível acontecer algumas instabilidades atmosféricas e formar essas chuvas localizadas”, afirmou.
O meteorologista afirma que os eventos são chuvas passageiras, muito com vento, porque setembro e outubro são os meses com maior velocidade dos ventos na região e também em função das altas temperaturas que têm sido registradas.
Enquanto o continente está muito quente, as águas dos oceanos estão mais frias, causando diferença de temperatura e pressão. “Forma um gradiente de pressão muito forte entre o continente e o oceano Atlântico e ai temos essas chuvas localizadas com bastante vento”, ressalta.
De acordo com o especialista, em outros anos, o estado chegou a registrar chuvas de até 200 milímetros neste período. “Não é normal, mas acontece”, registrou.
Fonte: G1RN
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