Especialistas do Instituto de Pesquisa de Materiais (IIM) da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) desenvolveram um adesivo revolucionário que regenera a pele de diabéticos em menos de um mês e evita casos de amputação. Parafraseando ninguém menos que Jesse Pinkman: YEAH, CIÊNCIA!
O adesivo revolucionário contém nanofibras que possuem nano e micropartículas com bioativos que ajudam na regeneração da pele, que sofre com feridas que não cicatrizam. Quando colocados em tecidos danificados, esses bioativos se dissolvem e imediatamente começam a agir.
Se o adesivo for utilizado nos estágios iniciais da lesão, é possível evitar a amputação de membros, porque ele age rapidamente e impede a proliferação de microorganismos e infecções. A ação do produto demora no máximo de 21 dias e dá aos pacientes com diabetes a oportunidade de recuperar logo a qualidade de vida.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 1 em cada 11 pessoas no mundo têm diabetes. Esse número só cresce. Em 2014, a estatística apontava para 422 milhões de diabéticos, um salto em relação aos 108 milhões de 1980.
No México, onde o adesivo foi criado, uma em cada dez pessoas é diabética e um em cada 20 diabéticos é obrigado a fazer amputação.
O Brasil também se beneficiaria muito de uma invenção como essa. De acordo com o 9º Atlas de Diabetes, produzido pela IDF (Federação Internacional de Diabetes), 17 milhões de adultos (entre 20 e 79 anos) no Brasil convivem com a doença – o equivalente a 11,4% da população nessa faixa etária. Na comparação com o último Atlas da Diabetes, de 2017, o aumento de casos no Brasil foi de 31%. Isso coloca o país em quinto lugar na lista das dez nações que apresentaram maior elevação de casos da doença no mundo todo, atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.