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Essa última semana tive oportunidade de conferir uma das maravilhas da sétima arte, “O Poderoso Chefão”, nas telonas do cinema, graças ao projeto “Clássicos Cinemark”. A experiência de ver Marlon Brado interpretando Don Corleone levou não só a mim, mas um grande público até as salas do cinema na quarta-feira (23), tanto que no início da tarde todos os ingressos estavam esgotados e o ar condicionado não comportou a grande quantidade de gente presente.

O filme de Francis Ford Coppola de 1972 é baseado no romance de Mario Puzzo e narra a história de uma família de descendente de italianos que vive em Nova York e juntamente com mais cinco outras famílias, tomam conta dos negócios (um tanto escusos) da cidade que nunca dorme. A premissa do longa, pode parecer simples e soar como mais um filme de máfia, mas ao meu ver, “O Poderoso Chefão” é “o filme” definitivo sobre máfia dos cinemas e explico.

Antes de ter acesso ao romance de Mario Puzzo já havia assistido a trilogia, “O Poderoso Chefão”, “O Poderoso Chefão II” e “O Poderoso Chefão III” e confesso não gostar muito de filmes de gangsters, máfia e afins, mas o elenco, a maestria de um diretor e uma história completamente sedutora fazem toda a diferença! A frente da família temos Don Vito Corleone, um Marlon Brando velho e um tanto decadente, agarrando com todas as suas forças a oportunidade de brilhar como protagonista novamente, um jovem ator totalmente desconhecido na época, Al Pacino e um elenco de apoio de dar inveja a qualquer longa que incluem: Robert Duvall e Diane Keaton, aliados a um ambicioso e extremamente talentoso diretor,  fizeram deste filme um marco no cinema.

Quando a icônica música tema do filme, assinada pelo gênio das trilhas sonoras, Nino Rota, começou a tocar acho que não só eu, como boa parte dos presentes naquela sessão se arrepiaram. Quarenta e dois anos após seu lançamento, “O Poderoso Chefão” foi remasterizado e prontamente reparado paras mídias atuais e estava em perfeito estado de som e imagem sendo projetado nas telonas novamente. Os cinéfilos, assim como eu, tem em mente diversas sequências do longa como suas preferidas, tais quais: Cenas como o tiroteio na barraca de frutas, o assassinato no restaurante, Don Vito no canteiro de tomates, toda a sequência de Michael na Sicília e a rajada de tiros que tira a vida de um dos Corleone e até a assustadora cena do cavalo.

Além de todos os adjetivos já ditos por mim sobre essa obra prima do cinema, acrescento uma nota pessoal, foram os sete reais mais bem investidos por mim nos últimos tempos! Ouvir a música tema, ver Marlon Brando, ver a sequência de Don Vito nos tomates e me arrepiar com um dos finais mais belos da história da sétima arte em sua mídia original, isto é, no cinema, me levou as lágrimas.

Não vou me demorar em contar a história do filme, porque acredito que todas as pessoas do mundo, ao menos uma vez na vida devam assistir “O Poderoso Chefão”. Mas não se aperreie se você não pôde conferir o longa nas telona, perdeu uma grande oportunidade, mas se lhe serve de consolo, ainda tem outros filmes em cartaz, inclusive esta semana iniciou a exibição de “Forrest Gump – O Contador de Histórias”, fiquem atentos a programação do projeto Cinemark Clássicos e confira todos os filmes que puder, porque é uma oportunidade rara, pra não dizer única!

EU_

Leila de Melo  – jornalista, crítica de cinema e diretora do blog Ponto de Vista –[email protected]

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