Os cinemas brasileiros viram a bilheteria encolher de milhões em 2019 para uma média de R$ 100 mil por final de semana em 2020. Quem mais sente este impacto é justamente quem está de portas fechadas: os cinemas, dos pequenos de rua aos grandes complexos pelo Brasil.
A reabertura pode parecer a solução mais simples, mas se não for executada de maneira correta, pode agravar o problema, com arrecadação menor que os custos investidos.
Para organizar a reabertura e amparar pequenos e médios exibidores, mais de 200 empresas de produção, distribuição e exibição de cinema no Brasil, como Globo Filmes, Cinemark e Disney, se uniram para criar o movimento Juntos pelo cinema. A ideia é padronizar os protocolos sanitários. Representantes do movimento também negociam os protocolos de reabertura com secretarias de cultura municipais e estaduais.
O G1 conversou com donos de cinemas, uma das líderes do movimento Juntos pelo cinema e o presidente do sindicato dos exibidores do estado de São Paulo para saber como a indústria vai se adaptar. Entre as principais mudanças, estão:
André Sturm, do cinema Petra Belas Artes, diz que pretende reabrir no final de julho. “A perspectiva de abrir no final do mês é positiva, embora nós tenhamos achado que há um excesso de restrição”, disse. Dentre as restrições do governo de São Paulo, estão ocupação máxima de 40% das salas, venda de ingressos apenas on-line e estabelecimentos funcionando por até 6 horas por dia.
Segundo Jean-Thomas Bernardini, dono do cinema Reserva Cultural, os custos para adequar os cinemas aos protocolos de segurança e limpeza por causa da Covid-19 serão altos. Por isso, eles vão precisar de algumas semanas até conseguirem reabrir. As duas unidades Reserva Cultural, em São Paulo e Niterói, se preparam para voltar a receber o público em 13 de agosto.
Há ainda uma outra pedra no sapato dos exibidores: o calendário de lançamentos mundiais. Sem filmes novos, ficará difícil atrair espectadores, diz o presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas no Estado de São Paulo, Paulo Celso Lui.
Para Sturm, a estratégia para driblar a falta de lançamento é apostar em filmes clássicos, como já acontece nos cines drive-in, e oferecer promoções de ingressos.
Para sobreviver, os exibidores têm recorrido às mais diversas alternativas, segundo Lui: lançamento e vendas de filmes em DVD, venda de pipoca por delivery, parcerias com plataformas de streaming para disponibilização de catálogo e abertura de cinemas drive-in. Mas de acordo com Patricia Cotta, uma das líderes do movimento Juntos pelo cinema, “a maioria está realmente sem renda”.
O Portal G1 também procurou as redes Cinemark, UCI cinemas, Kinoplex e Centerplex, mas todas estão sem previsão de reabertura, esperando os decretos estaduais.
Ainda não há datas definidas para a reabertura, mas alguns estados já sinalizaram em qual fase do plano de retomada os cinemas vão entrar. “Diferentes governos estaduais e municipais e suas equipes dos órgãos de saúde estão em fase final na construção dos protocolos. Agora estamos aguardando a formalização oficial desses protocolos, para divulgá-los a todos exibidores”, contou Lui.
São Paulo é o estado mais adiantado quanto à reabertura dos cinemas. “O início de atividades culturais com público sentado será autorizado após 28 dias consecutivos da região na fase amarela. O município de São Paulo, por exemplo, que está na fase amarela desde o dia 29 de junho, se permanecer na mesma etapa, poderá retomar essas atividades no dia 27 de julho”, disse a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do estado.
Atualmente, há oito regiões do sudeste de São Paulo na fase amarela, incluindo a região metropolitana, a Baixada Santista e o litoral.
No Rio de Janeiro, a previsão inicial era que a reabertura ocorresse no começo de agosto, mas, segundo a secretaria de cultura, essa data deverá ser adiada para o meio do mês. De acordo com o plano gradual de reabertura da cidade do Rio, os cinemas entrariam na fase 5 no município. As fases são definidas de acordo com o número de mortes e a taxa de ocupação de leitos por pacientes com Covid-19.
Em Pernambuco, os cinemas poderão ser reabertos apenas na penúltima de suas 11 fases, com 1/3 da capacidade. E apenas na última com 100% da capacidade. Mas ainda não há data prevista para que isso aconteça. No Ceará, a reabertura estava prevista para a fase 4, a última do plano de retomada das atividades.
Mas, na última semana, algumas regiões do estado entraram na fase 4 e, ainda assim, eventos e atividades culturais seguiram proibidos. Segundo o governo, um equipe estadual estuda novos protocolos e prazos para a retomada.
Em alguns estados, não há sequer a previsão de abertura dos cinemas. Em Minas Gerais, por exemplo, os cinemas constam no plano estadual como parte dos “setores excluídos” e só poderão retomar as atividades quando houver controle da pandemia. No Distrito Federal, também não há data prevista.
Fonte: G1
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