CIRURGIÃO HAROLDO FERREIRA LANÇA LIVRO –
Sob o título “Histórias paralelas na formação de um cirurgião – Algumas dolorosas, porém, sob anestesia” o colega Haroldo acrescenta ao seu extenso currículo uma bela coletânea de histórias ocorridas em meio século de exercício da medicina. O lançamento ocorrerá na Associação Médica do Rio Grande do Norte (Av. Hermes da Fonseca, 1396 – Tirol), na quinta-feira, dia 13 de maio de 2021, no horário de 17h às 21h, respeitando as medidas sanitárias protetivas estabelecidas pelas autoridades de saúde.
Fui honrado para escrever o prefácio transcrito a seguir. Vale a pena participar de alguns fatos na vida desse grande cirurgião, intensivista, urgentista, professor, desportista e agora escritor.
Filho de pernambucanos (o terceiro de uma prole de sete), nascido na Policlínica do Alecrim (parteira Dalila, obstetra Professor Leide Morais), família humilde. O pai era propagandista / vendedor da CIBA (cibalena, cibazol, sulfa, etc.), a mãe além de cuidar de tudo e de todos, costurava e cozinhava para fora reforçando a receita doméstica.
Fez o curso médico no Rio de Janeiro, onde morou durante quinze anos. Depois veio para o Rio Grande do Norte. Mas foram anos difíceis que precisaram de muita determinação. Ao longo do livro não se trata só de medicina, vários acontecimentos nesses setenta anos bem vividos são relatados. É um misto de autobiografia, muitos fatos da ciência médica, de pacientes, colegas e amigos. A leitura transcorre de forma agradável como um bom romance com histórias interessantes e inusitadas.
Escrever sobre medicina é bastante difícil, pois envolve fatos com muitas implicações éticas, mas Haroldo tira de letra. As histórias são contadas com verve e espirituosidade. O humor flui o tempo todo, às vezes com histórias assustadoras para quem não é da área médica. Naquela época em que nos formamos, as dissecções eram feitas em cadáveres e era logo no primeiro e segundo anos do curso médico.
Não vou adiantar nenhuma das hilaridades, mas posso garantir que os leitores darão boas risadas, com as peças de anatomia em locais inimagináveis e os “acadis vulgaris” – como chamávamos os acadêmicos mais novos – sempre com tiradas inesperadas.
O seu pai, além de incentivá-lo a fazer medicina, apesar das dificuldades, solicitava a sua ajuda para arrumar os medicamentos e ver os respectivos folhetos, o que despertou a curiosidade pela ciência médica, sempre com o foco em cirurgia.
Vejamos como o próprio autor se define: “Sou muito determinado, organizado, pontualíssimo, sinto enorme prazer em poder ajudar os outros, em especial os mais necessitados. Apesar de ter me graduado em uma faculdade particular, foi no serviço público que me realizei. Sou sarcástico, irônico, otimista e tenho alegria de viver. Estou sempre em busca de novos desafios.”
Todos estão convidados para o lançamento do livro de Haroldo Ferreira. Vamos nos deleitar com essas boas e bem contadas histórias.