CLASSE HOSPITALAR: QUEBRANDO BARREIRAS DO ALUNO COM BAIXA VISÃO –
No processo de interação e socialização educacional, seja na escola ou no hospital, o aluno usa a visão como o principal sentido. Entretanto, para o aluno com perda parcial ou total da visão, exigem-se do professor estratégias de aprendizagens adaptadas à condição e limitação do aluno.
Dentre as tantas doenças que acometem a visão, sabe-se que a baixa visão é caracterizada pela impossibilidade de ver à distância, devido a alterações decorrentes de lesões ou outras afecções na retina, no nervo óptico ou no campo visual, mesmo após intervenção cirúrgica ou tratamento. Em alguns casos, ela manifesta-se de forma peculiar em cada um dos indivíduos afetados, pois são muitos os aspectos que interferem no modo de ver e na maneira como os objetos e estímulos do ambiente são percebidos ou reconhecidos.
Acolher e incluir o aluno acometido pela baixa visão em sala de aula, é o desafio que impulsiona o professor a rever sua prática e buscar planejar sua aula, baseada no princípio de estimular a utilização plena do potencial de visão e dos sentidos remanescentes, bem como, na superação de dificuldades e conflitos emocionais.
Estes alunos devem aprender a perceber o ambiente em que estão inseridos, as pessoas e os estímulos, de forma peculiar. Para isto, os educadores devem despertar o interesse dos alunos e estimular o comportamento exploratório, por meio de atividades orientadas e adequadamente organizadas, a partir de critérios que contemplem as necessidades individuais e específicas destes.
A fim de quebrar as barreiras enfrentadas, para lidar com o aluno com baixa visão, e formar os profissionais educadores atuantes nas classes hospitalar e domiciliar, como também, a equipe multiprofissional, o setor educacional da Casa Durval Paiva, com o apoio da Subcoordenadoria de Educação Especial do Estado (SUESP/SEEC), ofereceu uma formação sobre “Pessoa com baixa visão”, ministrado pela professora e mestre em educação, Linda Carter Souza da Silva, atualmente, assessora pedagógica da SUESP, para qualificar o atendimento educacional e multiprofissional, ofertado para crianças e adolescentes em tratamento oncológico, que, também, chegam com as mais variadas deficiências, como doença de base.
Por compreender a importância de trabalhar a inclusão e oferecer o melhor atendimento aos pacientes assistidos pela organização, a Casa Durval Paiva se preocupa em formar a equipe multiprofissional, a fim de capacitá-los, para lidar com aluno acometido por deficiência visual, hoje, público alvo das nossas ações.
Sandra Fernandes da Costa – Coordenadora Pedagógica da Casa Durval Paiva
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