O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 0,4% e chegou a 77,6 pontos em fevereiro, o maior nível desde maio de 2020, quando o ICF estava em 81,7 pontos. Os dados foram divulgados hoje (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com fevereiro de 2021, o aumento foi de 4,6%. Segundo a CNC, o indicador está abaixo do nível de satisfação, de 100 pontos, desde abril de 2015, quando ficou em 102,9 pontos.
Por faixa de renda, as famílias que ganham acima de dez salários mínimos indicaram nível de insatisfação de 94,5 pontos, uma queda de -0,6% no mês e alta de 10,5% na comparação anual. O indicador para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos subiu 0,7%, atingindo 74,0 pontos. Na comparação anual, houve alta de 2,9%.
Entre as regiões, o Norte teve a única queda mensal de fevereiro, com -1,2%, apresentando também o menor indicador, com 58,3 pontos. A maior alta ocorreu no Sul, com 1,9%, onde as famílias estão mais confiantes, com 87,7 pontos.
O indicador do emprego atual mostrou que 35,1% dos entrevistados se sentiu tão segura quanto no ano passado, uma proporção menor do que o registrado em janeiro, quando eram 35,6%. A proporção foi maior do que em fevereiro de 2021 (32,0%). A parcela que se sente mais segura com o emprego aumentou de 25,2% em janeiro para 26,8%, alta que ocorre desde agosto. O emprego atual atingiu 99,6 pontos, o maior indicador da pesquisa em fevereiro e também o maior nível desde maio de 2020, quando chegou a 101,7 pontos.
A renda atual foi considerada igual à do ano passado 41,0%, abaixo dos 41,4% de janeiro e acima dos 39,1% de fevereiro de 2021. A melhora na renda foi percebida por 21,7% este mês, ante 20,4% em janeiro, sendo o maior percentual desde junho de 2020 (21,9%). O indicador ficou em 84,9 pontos, o maior nível desde maio de 2020, quando estava em 97,6 pontos.
O acesso ao crédito teve percepção de piora para 42,4%, ante 42,9% no mês anterior e 40,2% em fevereiro de 2021, atingindo 80,9 pontos. O nível de consumo atual foi menor do que no ano passado para 53,6%, proporção menor do que os 54,1% de janeiro e os 57,3% registrados em fevereiro de 2021. Com isso, o indicador alcançou 62,4 pontos.
A parcela de consumidores que acredita ser um momento negativo para a compra de bens duráveis ficou em 75,4%, acima dos 75,0% observados no mês anterior e dos 73,6% em fevereiro de 2021, chegando ao nível de 43,5 pontos, o menor índice da pesquisa no mês.
Entre as famílias pesquisadas, 48,9% demonstrou uma perspectiva profissional negativa em fevereiro, abaixo do 50,3% no mês anterior e do 50,8% de fevereiro de 2021. A tendência de redução começou em julho de 2021, com o item atingindo 90,8 pontos.
Quanto à perspectiva de consumo, 47,1% das famílias disse acreditar que vai reduzir as compras nos próximos três meses, sendo a menor taxa desde abril de 2020, quando a proporção era de 39,5%. Mesmo assim, segundo a CNC, o indicador revela uma percepção positiva em relação ao consumo atual para os próximos meses, com 80,9 pontos.
Fonte: Agência Brasil
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