COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI : COISAS DA CORAGEM, COISAS DO MEDO – Antonio José Ferreira de Melo

COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI : COISAS DA CORAGEM, COISAS DO MEDO  –

A CORAGEM

Muitas vezes, somos confrontados com conceitos antagônicos, que, por serem incompatíveis, não deixam dúvidas quanto a sua escolha.

Não há dilema, por exemplo, entre a coragem e o medo, mas eles estão sendo sempre lembrados, quando se trata de comportamentos assumidos.

Quando crianças, éramos provocados com desafios tipo: “tá com medo”? “Você não diz que é corajoso”? E, por aí vai, pois, o termo corajoso, pode ser visto, como um antônimo de medroso.

No entanto, com a vida, vamos aprendendo que, o corajoso tem a capacidade de superar o medo, pois, a coragem – que é a sua característica – lhe permite, enfrentar os perigos.

Assim, o corajoso tem independência e determinação, confia em si próprio, não desiste diante dos obstáculos, podendo-se dizer que é pessoa perseverante e resiliente.

Os meninos da minha época, tinham a mania da leitura das revistas em quadrinhos e filmes de faroeste, onde, os “mocinhos”, enfrentavam toda a sorte de perigos, e, sem medo, sempre saiam vencedores.

Enquanto isso, os bandidos, urdiam as mais diversas tramas, e, de forma covarde, atacavam os mocinhos, mas não conseguiam vencê-los, pois o medo não lhes permitia o enfrentamento corajoso.

A bravura, a audácia, o desassombro, e, especialmente a capacidade de vencer o medo, eram algumas das características dos mocinhos, e isso, lhes encorajavam.

É possível concluir, que o medo, apenas faz a diferença, e adjetiva, como, “corajosos”, os que conseguem vencê-lo e “covardes”, os que lhes são tementes.

A COVARDIA

Torna-se obvio afirmar, que assim como a coragem, a covardia é uma característica, e aqueles que possuem o medo de forma desmedida, são os considerados covardes.

Portanto, o termo covarde é antônimo de corajoso, e a covardia é a sua falha de caráter.

 

EXPEDITO E SUAS INTERPRETAÇÕES

Já tarde da noite, estou tentando desenvolver um raciocínio lógico, sobre coragem, medo, covardia e outros, que poderiam surgir, diante desse mar de comportamentos desviados das autoridades públicas brasileiras, quando toca o telefone.

Era Expedito, para me dizer da sua preocupação com os rumos que estão tomando os atos de perseguição a Bolsonaro, a sua família e aos patriotas.

Eu lhe digo que, realmente, é uma situação preocupante, pois, todo o brasil, tem consciência de que o processo do tal “golpe”, é uma farsa desde a sua concepção.

Digo, também, que na ânsia da perseguição, o STF perdeu a noção da razoabilidade e dos seus próprios limites constitucionais, sendo hoje, uma instituição desacreditada perante a população brasileira, e tendendo a ser assim reconhecida, perante o mundo.

Expedito se diz revoltado com o governo do “Nove Dedos”, fala da desonestidade do judiciário, da falta de segurança jurídica e da tirania da toga, da fraqueza do legislativo, e diz que a democracia brasileira, “já era”.

A administração do “Nove Dedos”, segundo ele, “está mais perdida do que cego em tiroteio”, o próprio presidente não sabe nem mesmo o que fala, e “está com jeito de cachorro, quando cai de caminhão de mudança”.

Totalmente desorientado, sem saber para onde vai.

Tomando “impulso”, Expedito começa a falar nas coisas dos homens machos de antigamente e até da fama dos corajosos do Seridó, que resolviam os problemas “na bala”.

Nessa conversa, ele define uma teoria, que me fez pensar.

Diz Expedito: Dôtô, as pessoa fala, qui quem tem mêdo é covardi, mais eu digo, qui o medo fáis parti e é póprio de quem é corajoso.

Como assim Expedito?

Dotô, comu pode um vivente, infrentá os obistáculo, cem cunsiderá o mêdo?

Só qui o corajoso, como dá mais valô au qui êle qué arcançá, o mêdo fica piqueno, e ele paça pur cima.

Invéz de impidir, o medo ajuda a levá o corajoso prá frente, e cum mais fôrça, comu si fôce uma catapurta.

O sinhô já uviu falá qui, as veis, as pessôa fais das fraqueza, fôrça?

Apois é o qui fais o mêdo, pru corajoso.

Tá certu?

Não sei Expedito. Veja que tem um ditado popular, que diz: “quem tem C. tem medo”.

Hora, meu amigo, as pessôa, só pode tá de frente pru mêdo, si tivé coraji de infrentá o pirigo, e isso, o covardi num fais.

Si acovarda.

Cumo diz o sinhô: simpres, açim.

 

A CORAGEM, E A COVARDIA DOS PODEROSOS

Veija bem. Bolsonaro é corajoso? Pergunta ele.

Digo eu: acho que é. Levou uma facada, e assim que ficou curado e até hoje, vive no meio do povo, bebendo tubaína nos botecos, fazendo motociata…

E o Sinhô acha que Alexandre Imorais é corajoso?

Não sei Expedito. Diante da sua teoria, já fico achando que não é.

Dotô, num seija inocente. Êli fais o mal cum as traição. Êli feis tudo pogramado, derna o cumeço, cum as orientação de Báide, incrusive, usando a USAIDE.

Entonce, ele, comu é um piscicopata, ingroçô o pescoço, ficou puderoso, e usa o pudê prá prejudicá us ôtro.

Eça istóra de 8 de janêro, vai virá um conto de têrô. Eu, qui sô paçado na casca du alho, já não guento mais vê as notíça do Clesão, qui morreu, das coisa qui são dicidida contra as Lei, e ôtras, comu a codenação da “Débora do Baton”.

Astro dia, êli discuçando, falô em coraji, e têve o indiscaramento de falá qui Guimarães Rosa, dixe: “O que a vida quer da gente é coragem e luta”, comu si êli fôçe corajoso.

Hora, hora. Quem tem qui dizê isso, é nóis.

O Sinhô vai vê. Quando Trump arroxá, ele vai cagá na rabichola.

Nisso, escuto Cristina gritar. Amorzinho, venha ver o que está sendo divulgado na TV.

Eduardo Bolsonaro, vai falar, lá dos Estados Unidos.

Eita, cumeçô. Diz Expedito. Agora, a merda vai virá boné.

Êli vai butá a boca nos tronbône, prá todu mundo uví.

Shau, Dotô, vô vê.

Como não desliga o telefone, ainda escuto ele dizer, pra Cristina: taí, amô, as veis, eu penso qui o Dotô, tão istudado, num intênde das coisa.

Mais, min diga. Inda tem daquela cachaça Extrema azú, amisturada cum fulô de clitória, qui o primo Clovis de Araújo Lima, trôxe lá das terra dêle?

Traga alí, meu amôzinho.

Aí, murmura. Agora, esse povo do stf, vai vê, “cum quantus pau, si fais uma jangada”!!!

E o medo? Fais êlis, ficá tudo, cum o C. na mão.

Cadê a coraji?

 

 

Antonio José Ferreira de Melo – economista antoniojfm@gmail.com

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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