COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI: COISAS DA SURREALIDADE OU COISA QUE O VALHA – 

UMA AVALIAÇÃO QUE PODERIA SER LÓGICA
Estamos vivendo um momento preocupante, onde o real, parece fictício, e o que é fictício assume a condição de real.

Não existe uma lógica para os fatos e os fatos ilógicos passam a tomar o lugar daqueles que seriam, de fato, os fatos lógicos.

Não sei onde vou bater com esse raciocínio, porém, ele é real e lógico.

Vejamos. A imprensa sempre significou a formadora de opinião, ao noticiar fatos, ocorrências e até processar comentários e avaliações que levavam o seu público leitor, a entender o que estava ocorrendo.

Agora, não. A coisa não é mais assim, pois os jornais estão sendo pagos pelo partido comunista chinês e adotam uma linha de esquerda, cuja pedra no sapato é o Presidente Bolsonaro.

Fatos que ocorrem em desacordo com a linha política do jornal, simplesmente, não são divulgados.

Muito pelo contrário.

Eles, os fatos, são destorcidos, ao ponto de serem divulgados de uma forma, que o real passa a pertencer a outra realidade.

Parece coisa de doido?

Pois não é.

Veja bem.

No Brasil, jornalista que têm posições conservadoras, para a parte da imprensa vendida, a chamada “velha imprensa”, não é jornalista. É um “blogueiro bolsonarista”, e, portanto, passa a ser perseguido, como uma fera violenta, por um dos “sabujos judiciais”, que estão sentados nas “varas” e “instâncias”, de uma “justiça” que pode ser chamada de tudo, menos de justa.

Um Presidente da República, que foi eleito por um monte de votos, já chegou a ser ameaçado, de ter o seu celular confiscado, por alguém, sentado num “órgão”, que ao contrário, deveria defender os seus direitos, como os direitos de qualquer cidadão.

Esse mesmo Presidente teve seus poderes “cassados”, até para nomear um delegado da Polícia Federal, e quando da pandemia, viu subtraídas suas competências, exatamente, por aqueles que deveriam protege-las.

Não somente ele. Três Ministros militares, do seu Governo sofreram ameaças de serem levados à corte, “debaixo de vara”, para prestar depoimento, como se fazia prever no Código de Processo Criminal de 1832.

Ora, ora, ora. Em que tempos nós estamos?

Continuo com os meus pensamentos, e, estou eu, com esses questionamentos, que ainda não são existenciais – porém, são preocupantes, pela sua letalidade, diante do viver e da liberdade de uma sociedade – quando toca o celular.

AS INSATISFAÇÕES E OS QUESTIONAMENTOS DE EXPEDITO
Nesse momento, uma coisa se torna real.

Expedito no telefone, e, pelo que parece, cheio de interrogações.

No meio dessa barafunda de pensamentos, eu penso: e agora?

Deus queira que Expedito me traga notícias boas, lá do Seridó, para me tirar desse emaranhado de inconsistências, que faz a realidade parecer irreal.

Meu desejo estava longe de ser atendido.

Notícias boas? Muito pelo contrário.

Sem fazer arrodeio, ele vai logo perguntando.

Dotô, me arresponda uma coisa.

Nu Brasil, tem pena de morti?

E eu, obviamente, respondo: não Expedito. Não tem.

E acomo é qui o sinistro Alexandre Imorais, está matando o deputado Roberto Gerson?

Não sei disso não Expedito.

Dotô, num sabi? O homi tá morrendo na cadeia e ele num permite qui ele vá pro hospitá.

Isso num é pena di morti?

Cadê os direito du cidadão?

Cadê essa tá de “Constituição Cidadã”?

Cadê o povu dos direito humano?

Não sei, Expedito. Respondo de uma vez, a tantas indagações, e ainda complemento: isso tudo, tá muito confuso?

Porém, ele continua.

Confuso di que Dotô?

Isso tá mais claro, do qui agua de chuva.

Dotô, um juiz pode tudo u qui qué?

Não Expedito.

E a como é, qui Alexandre Imorais fáis o qui vem nas venta dele e ninguém improibi?

Realmente, não sei, Expedito. Honestamente, não dá pra explicar.

Vou ficar lhe devendo essa.

Eça só não, Dotô.

Mim diga uma coisa. Astro dia, eu tava oiando uma cachorra qui tava no cio, e um bando de macho atrais, cada um brigando cum us ôtrus, atrais da hora dele.

Aí, chegou um cachorro grandão e tumô a frente de tudo.

Sabi o qui aconteceu?

Si juntáro tudinho e passáro a brigá cum o cachôrro grande, pra ixpulsá ele do “banquete”.

Num é isso qui tá acontecendo cum o Grande Bolsonaro?

Mim diga si num é, Dotô?

Devido ter ficado um instante em silencio, ele cobra a resposta: e aí, Dotô? Num é não?

É Expedito. Eu estava aqui tentando imaginar essa cena que você descreveu, e, trocando em miúdos, é isso mesmo.

Tem cachorro de tudo que é raça, ou sem raça, que, independentemente de sua opção ou capacidade, segue o cheiro do prazer ou do poder, e embora briguem, normalmente, por qualquer pedaço de osso, nessa hora, se unem.

E os sinistros do stf? Tão, discaradamente, armando tudo qui é harapuca, prá pegá Bolsonaro e tirá ele da Prisidença.

Dotô Antonio, Imbóra num seja novidade, no momento, a sêde do Imorais, é fazê cum qui o jornalista Alân dus Santo seja trazido “na marra”, pru Brasil, já qui ele mora nos Isteites e tem até uma imprêsa lá.

Ói. O STF sorta até o maior traficante de droga, o André du Rép, prá qui o “bichino” fosse prá praia, e ele sumiu cem dexá rasto, mais, o Imorais diz qui o Alân dus Santo, é um pirigo, e tem qui sê preso.

Prá ele o Alân é comu si fôsse, um troféu de caçada e tem qui chegá no Brásil, argemado.

Mim diga, Dotô. Si num inziste crime de opinião, cumo é qui si qué prendê um vivente, pur ele dizê o qui ele pensa, qui é a opinião dele?

Então, Expedito finaliza o raciocínio, perguntando: Dotô, e isso pode?

E eu respondo: é Expedito, pela lógica isso não pode.

Ele contra-ataca.

Dotô. Cadê o istado democátrico de direito? Cadê os direito e as garantia fundamentais?

Dotô, nois tá é numa ditadura do judiciáro, e sabi quem é o ditadô?

E, ele mesmo responde: é o Alexandre Imorais.

Agora complicou. Penso eu.

Como fazer uma pessoa honesta, que age e pensa corretamente, entender que a desonestidade é o real, e a realidade honesta, agora, não está valendo mais?

Expedito volta à carga, e pergunta: Dotô, um deputado num tem imunidade parlamentar?

Tem Expedito.

E APOIS? Dotô.

E acomo é, qui ele é preso, si o inquérito é inconstitucionál?

Não sei responder, Expedito.

Dotô a inconstituição, num é a Bíbria do país?

A Constituição, é, Expedito. Respondo.

E acomo é qui as pessoa qui um sinistro da injustiça brasileira num gosta, num tem mais direito de sê sidadão?

Não sei, Expedito.

O FIM DO PAPO
Ói, Dotô, vamu mudá ou incerrá essi açunto di hogi, qui eu tô vendo qui num vamo chegá a lugá ninhum.

Dotô, o qui mais mim preocupa é qui, prá onde vai o andô, nois vai é perdê a liberdade. É só olhá aqui bem pertinho, prá Venezuela e também pra Argentina.

Nois num tem risposta prá umas questão, e eu, só fico mim perguntando: aonde nóis vâmo pará?

Arresponda Dotô!

Não sei, Expedito. Não sei.

Qué sabê di uma coisa, Dotô?

Sabi dois cégo pidindo ismola numa porta só?

É nóis.

Vâmo pará, qui eu tô é perdendo tempo.

Ói, tudo isso começô, purquê Maria du Ruzáro, uma amiga minha, invéis di querê fazê amô, veio cunvesá sôbri essas coisa da irrealidade pulítica do Brasil, e eu na minha ingnorança, fui pidi sua opinião.

Inda bem qui butei uma garrafa de cachaça Extrema na friza, e agora vô tumá uma lapadinha, prá mim isquecê desses pobrema.

Di quaqué manera, é sempre bom nós cunvessá.

Inté ôtro dia Dotô.

Tá certo Expedito. No momento, temos muita coisa no Brasil, sem condição de uma resposta concreta, e a esperança ainda é a reeleição de Bolsonaro.

Porém, além da surrealidade de algumas ações políticas, decorrentes da ingerência do Poder Judiciário no Executivo e no Legislativo, há muita incerteza no ar, além dos aviões de carreira.

Um grande abraço, e uma boa noite

EXPEDITO REMOENDO OS ASSUNTOS

Como de costume, Expedito continua a conversa, conversando com ele mesmo, e, como não desliga o telefone, eu sempre escuto, pois retrata o sentimento dele ante os fatos tratados.

Eita, mim isquici de falá pru Dotô, do relatóro da CPI dos palhaço.

Mas homi, já bastô.

Num sei não. Achei o Dotô muito insquisito.

Sempre ele tem risposta pra tudo, e hoje, só dizia: sei não Expedito, sei não Expedito.

O Dotô tá mermo, é preocupado, sem vê uma saída fárci, prá eça situação.

Tombém tô achando istranho qui Boca de Caçapa, Carmi Miranda e Boca de Viludo tão muito iscundido, dexando o Imorais, como “porta instandarte” da iscola de samba “Traidôres du Brasil”.

Isquici de fala pro Dotô a istoria da çessão do TSE, qui cassô o deputado Fernando Francischini.

Tô só pensando. Eça istória de caçar o deputado, foi muito instranha.

Será qui num é pra criá jurisprudença?

Viu o qui o Imorais falô?

“Se houver repetição do que houve em 2018, terá cassação e prisão”.

É o ditadô, ou não é? Vamo vê o qui a imprensa vai dizê.

Êçes cumunista num para de tramá contra Bolsonaro, mais ói, o tá de Braga Neto num é de brincaderinha não.

Os milico já sabi qui o povo tá cum o Prisidente e si eçe samba continuá tocando açim, o mundo vai ter qui ingulí a véia istoria dos dois soldado e o sagênto, fexando aquela bosta de STF.

Acabei de vê, na TV, qui o jogador Maurício foi dimitido purquê num concorda cum o superome gueis.

PURAMÔDEDEUS!!!! TEM LÓGICA???

É como o Dotô diz: isso é surreal.

Uma coisa é serta. Êce negócio du Brazil, tá muito cumpricado.

Ondi nois vai pará?

Sei não. Sei não.

Vem cá Rusarinho. Vâmo ali na cama, rezá pur nois, purquê, pelo Brasil, tá difirci.

 

 

 

 

Antônio José Ferreira de Melo – Economista – [email protected]

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

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