COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI: COISAS DA VIDA; DOS SONHOS, DA FELICIDADE E DA LIBERDADE –
Sem ter muito o que fazer, nesses tempos de “coronavírus” – que o diabo lhe carregue para o lugar de onde veio – combinamos contar histórias, e, sentando para beber e prosear, inventamos um tema: SONHO, FELICIDADE E LIBERDADE.
Essa, foi a minha contribuição.
DOS SONHOS
Recebi de Flávia Regina, minha filha, pelo whatsapp:
“Não é verdade que as pessoas deixam de perseguir sonhos porque envelhecem. Elas envelhecem porque deixam de perseguir sonhos”. (Gabriel García Márquez)
Dizia ela: Pai, é por isso, que você não envelhece.
Referia-se, Flávia, ao fato de que estou sempre a fazer projetos, sonhando com realizações, algumas, até de difícil atingimento.
Porém, sempre apresento a justificativa, de que “sonhar não paga imposto”.
Para Freud: “os sonhos noturnos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido”.
Eu, prefiro sonhar de olhos abertos.
Na minha ignorância filosófica, para mim: “sonhar é uma forma de encontrar caminhos, na busca de um estado de espírito feliz”.
DA FELICIDADE
Nessas mensagens que mandam no BOM DIA, do whatsapp, a felicidade é a coisa mais fácil do mundo.
É só mandar para cinquenta contatos, e logo mais uma fada vai trazer tudo na vara de condão.
O que eu sei sobre trazer na vara, recentemente, foi o Ministro Celso de Merda, dizer que vai trazer em baixo de vara, os Generais, para o depoimento.
Lá vou eu, saindo da felicidade.
Sim, mas, eu também já li, que, assim como o ideal, a felicidade é inatingível, o que não era a opinião de Sartre.
Por outro lado, Freud disse, que a felicidade era algo subjetivo, e que não poderia ser conseguida, de forma objetiva.
Vá entender.
Mais objetivamente, Carlos Drummond de Andrade, afirma, que “ser feliz sem motivo é a mais autentica forma de felicidade”. Transforma, portanto, a questão, em solução.
Então, pelo que se depreende apenas desses poucos exemplos, querer definir felicidade, é querer polemizar.
Portanto, sem ligar para uma ou qualquer outra opinião, sempre me considerei uma pessoa feliz.
Desde menino, participava da discussão, com os meus colegas, sobre o que era felicidade.
Para mim, era a minha própria vida.
Uns, diziam que a felicidade era o dinheiro e outros diziam que dinheiro não trazia felicidade.
E eu, ficava acompanhando essa discussão, com a minha verdade.
Afinal, eu também achava que dinheiro, simplesmente, não trazia felicidade, mas, sem dúvida, facilitava.
Eu me situava na categoria dos remediados da minha turma, e não procurava querer ser mais do que sempre fui.
Meu pai dizia que “não se devia abaixar muito, para não rasgar o fundo das calças”, e, por outro lado, também “não devia querer ser mais do que realmente era”.
Esse foi o ensinamento que recebi e procurei seguir.
Assim, sempre fui respeitado pelos meus posicionamentos, não tendo o comportamento da subserviência e nem tampouco o da empáfia.
Foi então, já nessa época, que eu aprendi os limites da humildade.
Hoje, vejo ricos de outrora, pobres de agora.
Quando não do dinheiro, pobre de felicidade.
E eu, vou escapando.
DA LIBERDADE
Esse tema, é bem mais amplo, uma vez que os limites da “vontade” e do tal “livre arbítrio”, não estão descritos em qualquer compendio, e vão variar de acordo com as coisas próprias de cada indivíduo, e ainda daqueles que podem se sentir incomodados, pelas ações desses.
Tenho a mania de conversar, e, se tivesse boa memória, me lembraria de muitas histórias.
Dentro dessa ótica de liberdade, vou procurar uma, para exemplificar.
UMA HISTÓRIA: JOCA DE AGRIPINO
Passeando pelas praias do norte, reencontrei, em Cajueiro, “agora já homem feito”, Joca de Agripino, que, quando criança, tinha o lábio leporino, e eu consegui que ele fizesse a cirurgia para corrigir o defeito.
Agora, Joca fala normalmente e apresenta, apenas, uma pequena cicatriz.
Na época da sua cirurgia, a exemplo dele, eu trouxe várias crianças da Praia de Rio do Fogo, onde era frequente, a ocorrência de fenda palatina.
Meu amigo, o médico Marconi Furtado, era o Diretor do Hospital Infantil Varela Santiago, e eu conseguia, com ele, que fossem feitas essas correções, as vezes, complicadas cirurgias.
No entanto, isso não tem nada a ver com as “tiradas” de sabedoria, de Joca, que são acrescentadas às suas histórias.
Me diz ele: “Doutor Antonio, o ser humano é bicho difícil de entender”. Quando o homem não tem, vive de reclamar e desejar, mas quando adquire, se esquece das dificuldades.
Em seguida, para concluir, ele fala: escuto sempre, “que o ser humano nunca está satisfeito com o que tem”.
Agora, para comprovar sua teoria, ele diz. Quando eu era casado, com Sebastiana, não me sentia preso, e, como havia confiança, estava garantida a boa convivência.
Portanto não havia dificuldades de viver, e não tinha nada para reclamar.
No seu linguajar de pescador, diz que, apesar de tudo, depois de ficar viúvo e solto das cordas que amarravam o barco, se sentia na liberdade.
Diz ele: como “gato escaldado, tem medo de agua fria”, achei que deveria me manter longe de qualquer compromisso mais sério, portanto, sem “inventar moda” – como dizia minha mãe.
Essa era a receita dele, para se manter na liberdade.
A HISTÓRIA SEGUE
Mas, veja como são as coisas, e me diga, se eu tenho culpa.
Estava em casa, deitado na rede do terraço, ouvindo o som das ondas do mar e gozando do frescor da brisa da praia.
Eis que, chega uma comadre, acompanhada de uma amiga, e pergunta se tenho comprimido para dor de cabeça, pois
Estefânia, a tal sua amiga, não estava se sentindo bem.
Além de prestar assistência, para atender uma pessoa necessitada, me veio logo à cabeça, outras ideias.
E acrescenta. O senhor sabe como é!
Porém, segundo ele, disse para si mesmo: “sem compromisso”.
Não imaginava, que uma pequena “aventura”, lhe traria grandes surpresas.
Depois da primeira, terminou por combinar uma segunda, depois veio a terceira e acabou virando a prática de todo final de semana.
Me disse ele, Doutor Antonio, ela era gente boa. Aliás, é, porque não morreu.
Um detalhe. Depois, eu soube que Estefânia era mais nova que a filha dele, e quando eu me lembro de sua expressão, ao falar nela, também me recordo dos seus olhos, que chegavam a brilhar.
Talvez, daí, tanto entusiasmo.
TODA VASSOURA NOVA, VARRE OS CANTOS
Quando, do início, dizia ele para ela: vamos pra tal lugar? E ela respondia, na hora, vamos!
Não tinha aquela desculpa besta: “amor, olhe, eu não fui na cabelereira”, “amor, eu não fiz as unhas” ou a velha e esfarrapada desculpa: “amor, eu não estou me sentindo bem”, a célebre “dor de cabeça”, que frustra tantas noitadas.
Dizia, vamos, e pronto!
Os sapatos, as roupas, as coisas de pintura, secador de cabelo, a prancha, cabia tudo numa maletinha, que ela arrumava em pouco tempo.
Enfim, Joca passou a conhecer outras formas e momentos de felicidade, não presentes na sua vida feliz com Sebastiana.
Uma coisa sobressaía. A diferença de idade, que até chamava atenção.
Como exemplo, ele conta que foi para uma festa na Lagoa do Boqueirão, lá no Município de Touros.
Depois de arrumar mesa, pedir ao garçom as bebidas e comidas, foi ao banheiro.
Quando voltou, Estefânia não estava na mesa e ele ficou lhe procurando com a vista.
O Garçom, vendo a sua preocupação, vem até a mesa, e diz: Senhor, sua filha disse que também estava precisando ir ao banheiro e pediu para lhe avisar.
Morador da praia de Cajueiro, pescador em aguas profundas, me dizia que tinha consciência das coisas da vida, e sabia que aquela felicidade tinha um tempo pra terminar.
Então concluía.
“A felicidade somente existe, até o quanto merece durar”.
Acho que ele passou isso para Vinicius de Morais.
UM PAPO DENTRO DO ASSUNTO
Bebendo um uísque com o meu sobrinho, João Ferreira Neto – médico, neurocirurgião, conhecedor das coisas da cabeça – e, conversando sobre as coisas da vida, me lembrei desse relato e lhe disse: João Neto, “a vida é um jogo, que a partida se inicia, sem que se tenha a ideia de como e nem quando ela vai acabar, e também não se sabe se vai existir vencedor e vencido”.
São coisas intangíveis, diferentemente da ideia de se realizar qualquer coisa concreta, que exige a identificação das causas que a determinaram, que se estabelece o início e a previsão da conclusão, com a evidente definição quanto aos ganhos ou perspectivas de perdas.
João Neto, escuta isso, atentamente.
Gosto de conversar com João Neto, por vários motivos, entre eles, o fato de que ele é ávido por informação.
Outra das suas características é ser objetivo nos posicionamentos e opiniões. Talvez pela sua própria atividade médica, onde todo dia abre cabeças, em cirurgias que não podem dar errado.
Eu diria que suas intervenções no papo, são cirúrgicas.
Diante da minha definição sobre a vida, veja o que ele falou: é Tio Tota, “a vida é feita de momentos e de memórias.
Então, devemos buscar criar bons momentos para carregar sempre boas memórias”.
Falou e disse.
O FIM DA FELICIDADE – JOCA E ESTEFÂNIA
Segundo o provérbio português, “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”.
Joca, homem feito na luta contra as ondas, sabe que trabalhar no mar é passar, as vezes, quase uma semana longe da terra, é chegar cansado e precisando repousar.
Porém, a juventude de Estefânia, exigia festas e requebros, requerendo esforços que ele, nem sempre, podia dar.
Sabe aquela alegria, e as coisas da malinha? Tudo isso, passou a fazer parte do passado.
Como ele previa, o tempo da felicidade, no jogo com Estefânia, se esgotou.
Agora, depois de ter “escapado” dessa, diz Joca, deitado na sua rede e ouvindo a cantiga do mar: não dou mais atenção nem a quem “tiver com dor na unha”.
Apesar dessa afirmação, continuando a conversar, ele “escorrega” num detalhe, e diz que lhe deu muita vontade de rir, quando outra namorada, para viajar, comprou uma mala, que cabia ele dentro.
Com todo exagero, pois Joca é um cara de grande estatura.
Aproveitei para lhe questionar, e perguntei: você não disse que não dava mais atenção nem a quem estivesse com dor na unha?
Demonstrando uma certa surpresa, ele responde: Doutor Antonio, o senhor não sabe que o homem não pode ficar sem “inventar moda”?
UMA HISTÓRIA DE GRATIDÃO NO MEIO DA FELICIDADE
Lembro agora uma passagem.
Dia de sábado, recebo um telefonema de um frigorífico do Bairro da Ribeira, me informando que um empresário deixou um peixe para mim, e que eu fosse apanhar até as 12 horas, uma vez que o frigorifico fecharia a partir dessa hora.
Como já passava das 11horas, peguei uma caixa de isopor, que usava para colocar o gelo do uísque, e corri pra lá, pensando numa cioba ou numa garoupa de 3 ou 4 quilos.
Minha surpresa.
Era um atum, INTEIRO, com quase um metro e meio de comprimento.
Não tendo como resolver a aquisição de uma caixa térmica que coubesse todo o peixe, coloquei na carroceria da camionete e tive que sair distribuindo postas para a parentada toda, e até para os funcionários do condomínio.
Coisas da gratidão.
Para ele, aquele presente, não representava mais que uma lembrança.
Quem foi?
O meu velho conhecido, Joca de Agripino.
UMA SEGUNDA HISTÓRIA: MANEZINHO
Noutra conversa de bar, encontro Manezinho, que era topografo, amigo de Raimundo Cis, meu colega do IDEMA.
Manezinho teve lá umas desilusões amorosas, e então, disse para si mesmo. Meu amigo, nada de namoro “pra casar”.
O negócio, agora, é viver a vida, livre, leve e solto.
E assim foi feito, porém, não contava com as armadilhas que a vida prepara.
Surgiu, sem que ele procurasse, uma morena “arrumada”, que lhe despertou atenção, e chegaram aos “finalmentes”.
O namoro indesejado, demorou mais que um passatempo, e, segundo me confessou, não podia imaginar tamanho desassossego de vida.
Me diz ele: seu Antonio, eu sou uma pessoa que, nem pede satisfações, e, mais ainda, detesta quem me pede.
Como o senhor conhece as coisas do interior, pode comparar o celular a um chocalho, que se coloca no gado, para encontra a rês, onde ela estiver.
Essa minha namorada me ligava a cada 15 minutos.
Eu já atendia dizendo: “o que danado você quer, fulana”?
E ela dizia: nada. Queria só falar com você.
Para completar, era ciumenta.
Pode?
Às vezes, eu imagino que as mulheres inventam essa história de ciúme, para valorizar o seu objeto, ou melhor, a sua posse, porque a mulher, logo que se “situa”, já tem certeza que é a dona do pedaço.
Manezinho, para configurar tanta desconfiança, e tanto questionamento, inventou uma história, na qual ela liga e pergunta: onde você está? E ele fala: “tô no trânsito”.
Então, para se certificar e eliminar a desconfiança, ela diz: BUZINE PRA EU OUVIR!!!
Meu amigo, só muita paciência, diz ele.
Sem querer “cair fora” do relacionamento, Manezinho, procurando arranjar uma forma de não dar satisfações do que fazia, inventou umas “meninas hipotéticas”, para desmoralizar as desconfianças.
Me disse ele, que, quando ela lhe perguntava: onde você estava? Ele respondia: “com as mininas”.
Era evidente que ela não gostava, e, para não ouvir mais essas respostas de gozação, foi perdendo a mania de perguntar, e “perdeu a mania de lhe querer”.
Diz Manezinho: apesar de algumas “vantagens” nas nossas “brincadeirinhas”, nossa separação foi um descanso, e, mesmo assim, não me apartei mais das “mininas”.
Me acostumei com a ideia, e, até hoje, uso essa figura, nos outros relacionamentos, e está dando certo.
Eu disse, Manezinho, você é um gênio.
Como eu achei essa solução das “mininas”, muito engenhosa, também adotei, só para fazer graça.
A MINHA PARTICIPAÇÃO PESSOAL
Pra não ficar sem participar, inventei de contar uma história que VIVI, querendo contribuir, com fatos da minha experiência de vida, quando o tema era a felicidade.
Achei que essa merecia.
PRA SER RICO – NASCER OU CASAR
Quando jovens, na brincadeira, tínhamos a mania de dizer que o homem tem duas oportunidades de ficar rico: quando nasce e quando casa.
Não tendo nascido rico, gastei minha segunda oportunidade, casando com uma mulher de recursos remediados.
Então, nos nossos papos de brincadeira, eu dizia já ter gasto as minhas duas chances.
Salete, ria muito, porque tinha consciência de que eu não ligava felicidade a dinheiro, e, foi dessa forma, que vivi com ela, os meus melhores momentos de alegria e paz, enfim, de felicidade.
Quis a fatalidade, que, ficando viúvo, arranjasse uma namorada rica.
Existiria a TERCEIRA OPORTUNIDADE?
Foi então que, na prática, eu tive a certeza de que a felicidade, não necessariamente, mora junto da riqueza.
Os meus momentos de namoro com essa mulher, eram reservados para ouvir, entre muitas, as reclamações de que alguém que deveria ter lhe pago, não pagou, que tinha passado mal na sala do gerente do banco, porque determinada operação não tinha dado certo, e por aí vai.
Num desses feriados prolongados de final de semana, fui, com a nova namorada, para a praia de Cajueiro, lá na
Pousada de Washington, cunhado de Dodoca.
Chegando lá, no final da tarde, arrumei tudo no chalé, coloquei vinho para ela, que já estava frio, na “caixa de isopor”, e fui buscar gelo para as minhas doses de uísque.
Chegando na administração, o pessoal estava jogando baralho e eu fiquei “piruando”.
Me esqueci do tempo, e quando cheguei no quarto, foi um escândalo.
Por quê? Porque lhe deixei “abandonada”.
Veja bem, sei lá, por qualquer 30 ou 40 minutos.
Como “bom cabrito não berra”, fiz de conta que não tinha acontecido nada, para não “perder a viagem” e, no outro dia, logo pela manhã, arrumei os troços, e encerrei a conta para ir embora para Natal.
Ela dizia não estar entendendo minha atitude, mas, não teve jeito.
Resolvi jogar a minha terceira oportunidade para o espaço, e continuar a ser feliz, na condição “remediada”, como diz o matuto, e é como vivo feliz, até hoje, sem me preocupar com dinheiro, para ir além das minhas necessidades.
OUTRA HISTÓRIA
Pegando o embalo na conversa, resolvi contar mais uma das minhas “aventuras” de caráter pessoal.
Vamos lá.
Eu não sei mentir. Aliás, eu até que gostaria de saber, mas, embora às vezes, seja necessário, eu nunca soube.
Quando eu era criança e chegava em casa com uma história meio “troncha”, meus pais descobriam logo, porque eu me traia.
Não sabia ficar sério. Tinha vontade de rir, e colocava a “caçada à perder”:
Então, para não ser desmoralizado, aprendi a falar a verdade, mesmo que isso me custasse caro.
Hoje, é que eu não minto mesmo. Fica muito mais feio, depois de velho, ser “pego na mentira”.
É como diz a minha filha Flávia. “Não minto nem pra ganhar dinheiro”.
Quando muito, se necessário, é tentar omitir, e ver se dá certo.
Num desses relacionamentos do início da era da viuvez, indo resolver um problema em Mossoró, falei para a namorada, que somente voltaria na segunda ou terça feira, uma vez que os assuntos não tinham uma previsão de conclusão.
Pretendia mesmo, era passar um final de semana na Capital do Oeste, tomando banho de água quente e bebendo cerveja gelada.
Porém, concluindo os entendimentos, no sábado, logo cedo da manhã, me mandei para a vaquejada de Taipú.
Mulher à vontade, pra que danado eu ia me preocupar com namorada?
Na época, estava no auge um programa sobre o esporte – que tinha muita audiência na TV – e fazia flagrantes das vaquejadas, do seu entorno e das festas. Na verdade, a vaquejada é a festa.
Quando eu estou numa barraca, na maior alegria, o cabra do pandeiro fazendo “repente”, risadagem geral, com uma grande turma, enfim, na maior felicidade, lá vem o cinegrafista.
Tomando ciência do problema, me enfiei em baixo da mesa, para escapar do flagrante, o que, digamos, não se constituía em grande dificuldade.
A preocupação, foi ver o programa na televisão.
Sem problemas.
“Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita”
Antônio José Ferreira de Melo – Economista – [email protected]