COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI: COISAS DE EXPEDITO – Antonio José Ferreira de Melo

COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI: COISAS DE EXPEDITO –

O GOVERNO DO STF

A AUSÊNCIA

Passados alguns dias do último telefonema de Expedito, era logico, que ele me ligaria, ávido por discutir os acontecimentos políticos.

Porém, isso não ocorria, e como a sua ausência me preocupava, eu lhe telefonava, mas dava “fora de área”.

Agora, o segredo, foi revelado.

Expedito foi a Natal, e roubaram o celular dele.

Coisas, da segurança atual no Estado.

Recebi uma ligação, e quem telefonava, era uma sua amiga, querendo saber da minha disponibilidade, e em que horário poderia ligar, pois, ele estaria chegando do sítio, para falar comigo, usando o aparelho celular dela.

Primeiramente, fiquei aliviado.

Então, agora, sem preocupações, ia esperar o meu amigo, na verdade, também meu maior informante e atualizador das ocorrências políticas, identificadas pela sua perspicácia.

Para isso, fui me preparando, embora também não estivesse com tanta paciência assim, para conversar sobre os fatos que estavam e estão em evidência.

Veja bem. Olhar para Alexandre de Moraes, é coisa que causa repugnância.

Com a sua cara de bandido intocável, sua história, vem de longe, desde o tempo que era advogado de facções criminosas, como o PCC.

Sendo alçado ao STF, chegou à condição de justiceiro, posição para a qual se presta, assumindo qualquer papel, sem precisar de máscara.

AS PREOCUPAÇÕES

“Dotô”, já vou começar dizendo que estou puto.

Eu falo: o que é isso Expedito? Calma amigo.

O que? Diz ele.

Lhe atendo em tudo, mas pedir calma nessa hora, é coisa difícil de atender.

Como é comum, ele gosta de dizer: veja bem “Dotô”. Depois, então, discorre, sobre o que gostaria de falar.

Veja bem, “Dotô”, como eu já falei pra João Dantas, o seu amigo, “Joaozinho Gago”, lá de Caicó, primo de Adilson “Baé”, eu “tô” tão puto, que se fosse fazer um discurso sobre o momento atual, ia ter mais dificuldade, que um gago aperreado.

Negócio seguinte.

Dá pra imaginar um FDP, somente porque está no cargo de ministro do stf, querer “imprensar” um Presidente da República?

“Nun tem nem cabimento”.

Isso, faz parte de uma arrumação muito grande, dizem até, que é financiado pelo partido comunista chinês.

Esse tal de Alexandre “Imorais”, não tem crédito pra nada, e é suspeito, para assumir a condução de qualquer processo contra o Presidente Bolsonaro.

Como que estivesse relaxando da tensão nervosa, Expedito começa a rir, sem parar.

Eu pergunto: o que é que está havendo, Expedito?

Quando ele consegue se conter, um pouco, diz: é porque eu estava me lembrando de “Migué Torres”, que foi delegado num certo Município do Seridó.

Sim. E daí?

Ainda rindo, ele procura contar a história.

“Migué”, mandou Jeronimo, que era um “garachué”, dele, fechar o cabaré de Olindina, o “Bar Chão de Estrela”, e ele vai.

E não fosse?

Chegando lá, chama Olindina e diz: o delegado mandou fechar o bar, que na verdade é um cabaré, pois a vizinhança tá reclamando que aqui tá cheio de “mulher suspeita”.

Olindina, bota as mãos nos quartos e fala: aqui, não vai se fechar coisa nenhuma. Diga a “Migué Torre”, que aqui não tem mulher suspeita não. Aqui é tudo puta, mesmo.

Fale para ele, que Olindina Maria dos Anjos – não sei se era parente de Edmilton – mandou dizer, que aqui nesse Município, de suspeito, só tem ele, que quer tirar uma de machão, mas só transa na base do “fio terra”.

O “garachué” voltou pra delegacia, deu o recado, e “Migué Torres”, calado estava, calado ficou.

Enquanto isso, diz Expedito, o “Chão de Estrela, butou prá reiar”, funcionando com o som “lá nas altura”, e as “mininas” dançando na calçada, “atiçando” a raiva da vizinhança.

Agora descontraído, Expedito, ria e dizia.

É igual a esse tal de stf. Cadê que aquele “Celso de merda” foi tomar o celular de Bolsonaro?

Se o Presidente tivesse “afroxado”, esse “caduco” tinha mandado buscar até as calças dele, e tem mais “em baixo de vara”.

“Eu num tô dizendo”!!!!!!

Tão querendo é tirar a paciência do nosso Presidente.

“Esse bando de Ministro “discarado”, tá brincando com fogo…”.

O STF NO GOVERNO DO PAÍS

“Dotô”, o Poder Executivo desse país, já faz tempo, é mesmo o Poder do STF, porque os “homem da Presidência da “Camera dos Deputado” e também do Senado, além de uma porção de deputado e senador, “é tudo de rabo preso”.

Dotô Antonio, me diga mesmo, se tudo não continua como antigamente.

Não foi um poeta que disse que o Supremo, é uma quadrilha, e que depois dele só recorrendo ao Papa?

Bem lembrado, Expedito, digo eu.

Olhe, essa história foi com Rui Barbosa.

Entre outras coisas importantes, ele foi político, diplomata, advogado e jurista. Representou o Brasil na Conferência de Haia, foi reconhecido como “O Águia de Haia”. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras e seu presidente, e disse que “A PIOR DITADURA É A DITADURA DO PODER JUDICIÁRIO. CONTRA ELA, NÃO HÁ A QUEM RECORRER”.

É isso Expedito.

Nem recorrendo ao Papa.

Eles, os juízes, se acostumaram com isso, e estão abusando.

Como alguém falou: alguns deles pensam que são “Deus”. Outros, tem certeza que são.

Mesmo assim, estão todos assombrados.

Sabe você, quando no jogo, é tudo ou nada?

Pois se prepare, para ver, pois a coisa tá nesse pé.

Com a chegada de Bolsonaro na Presidência, como Chefe do Poder Executivo, sem ter “rabo preso”, os nichos dos Ministros do STF, e de suas safadezas, foram sendo colocados à vista, e os seus “poderes”, questionados.

Expedito, sem se conter, fala: o “sinhô” já viu a nojeira das discussões deles?

Se eles resolvessem lavar a roupa suja pela tv, dava pra sentir o mal cheiro.

Eu soube que até desligaram as câmeras de filmagem.

É verdade?

Rapaz, parece que foi.

Eu tenho visto tão pouco a televisão, que nem notei a falta.

Prefiro conversar besteira com o pessoal aqui de Gameleiras, sem máscaras, mas cada um lá longe um do outro, nesse clima sadio aqui da serra.

O PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

“Dotô”, vamos conversar sobre o tal Presidencialismo de Coalizão?

Digo pra mim mesmo: pronto, agora complicou.

Diz Expedito: essa ideia do “centrão”, não foi a forma de Bolsonaro botar essa ruma de “filho da puta” ´prá ficar falando sozinho?

Meu amigo, o “Bozo”, é muito inteligente.

Bolsonaro sabe o que faz. Às vezes, fala demais, mas não tem medo de dizer que errou.

Disse, e pronto.

Embora Bolsonaro tenha dito na campanha que não ia haver esse tal de “toma lá dá cá”, é preciso negociar.

“Dotô”, me permita “butar pra fora”, as coisa que eu aprendo.

Outro dia, sobre esse assunto de negociação política, eu escutei um jornalista dizendo que, “mau cumparando”, um tal de Che Guevara tinha falado um negócio bonito.

Pera aí que eu vou pedir a minha amiga para ler. Foi assim: HAY QUE ENDURECERSE, PERO SIN PERDER LA TERNURA JAMÁS.

Será que Bolsonaro vai “indurecer”, até torar dentro, com os milicos “butando” esse povo pra correr?

Lá vou eu.

Olha, meu amigo. Tem gente achando que “a corda já estirou demais”, o respeito que existia, até no tratamento formal das autoridades, “já foi pro brejo” e a invasão de competência, chegou a níveis inadmissíveis.

Portanto, “só reza braba”, garante alguma coisa, e, para quem acredita.

Quanto a esse Che Guevara, ele foi um covarde sanguinário, e que na revolução lá de Cuba, assassinou inocentes. Ele quase que se autodenominou como: “a imagem da história de um fracasso”.

Não serve de comparação com Bolsonaro.

Deve ter sido por isso, que o jornalista falou: “mal comparando”, entendeu?

Tá certo “Dotô”.

O ARTIGO 142

“Dotô”, agora a moda é falar no Artigo 142, dizendo que ele não vale nada.

Eu sempre soube que era um poder que os militares tinham, que podiam botar o Presidente, os Senadores e Deputados pra fora, para garantir a ordem do País.

Mas, a Câmara dos Deputados, os ministros do STF, o presidente da OAB, esse bando de comunista, todos querem ser entendidos em Constituição, e dão pareceres e entrevistas, acabando com os poderes do Artigo 142.

Por último, o ministro Fux, como se fosse o dono do Brasil, determinou que Artigo 142, não dá poder nenhum às Forças Armadas.

Dotô, me diga mesmo se o STF, não é uma Milícia?

Olha Expedito, eles mudaram o nome. Agora, chamam isso de “fake News”.

Ái é?

É.

“Fake News”, é a verdade que eles transformaram em mentira, mas também tem casos de mentira que eles transformaram em verdade.

Depende do interesse deles.

O ATIVISMO

Dotô, o sinhô sabe que eu tenho pouca instrução. Mas, me diga mesmo. O que o Judiciário está fazendo, não é um ativismo?

Essa palavra eu escutei na discussão do pessoal lá na praça, que eu já falei.

Olha Expedito a nossa Constituição permitiu que o Judiciário assumisse coisas que deveriam ser resolvidas nas áreas dos outros poderes.

A isso, pode ser dado o nome de ”judicialização”, e acontece quando uma enorme quantidade de coisas é levada ao Judiciário, para obtenção de sentença, que não seria de sua alçada.

Nesse bolo, vão incluídas, questões econômicas, sociais e até morais.

Enfim, o poder político foi transferido das suas instâncias próprias, para o Judiciário.

Como a Constituição brasileira se transformou numa panaceia para todos os males, o ativismo judicial, decorre dessa judicialização.

Tá certo “Dotô”, agora, para mim, ficou mais claro. Eu não ia aprender isso com a televisão.

Na Globo, na CNN e até nas outras, só fazem descer o cacete em Bolsonaro.

Mas, o povo não engole essa enganação.

Não senhor.

Se a eleição fosse hoje, ele ganhava de capote.

As maneiras de Bolsonaro, não mudam o apoio do povo, pois ele consegue garantir sua posição, e ninguém contesta sua honestidade.

Mas, Puramordedeus, não querem deixar o pobre do Presidente do Brasil, governar.

“Disculpe” a expressão: mas se Bolsonaro peida, a televisão fala que é fedorento.

Se ele não peida, a televisão diz que ele está escondendo o fedor, e que isso é um crime, pois o povo não sabe o que está sendo escondido, e, então, a oposição manda o suposto peido pro stf.

Tenha dó. Assim, também, já é demais.

Se Bolsonaro não vai numa manifestação, a imprensa diz que ele está com medo do povo.

Se ele vai, dizem que ele participou de uma manifestação antidemocrática.

Vai se “ferrar”, porra, pra não dizer outra coisa.

Vi que houve uma pesquisa que perguntava se o Presidente deveria ou não, participar das manifestações.

A população, acha que sim

E aí?

E agora? Com os “Bleks Bocs”, financiados por um milionário americano para assustar a família “Bolsonariana”, que quer se manifestar em paz?

Viu Lula lá nos vestiários do “Curintias”, arrumando os marginais para ir fazer confusão na Avenida Paulista?

Tava querendo pegar o dele.

Aquilo por dinheiro é mesmo que rapariga.

Quem também tava lá era a presidente do PT, aquela conhecida como “a amante” nos arquivos da Odebrecht, participando da preparação dos desordeiros, para as depredações.

“Dotô”, já pensou o pobre do marido dessa mulher? Se ele fosse pra uma caçada de “avoete”, só ficava no “acêro” do mato. Se entrasse, ia “ingaiá os chifre nas catingueira”.

Expedito, vou terminar o nosso papo, pois já estou com sono.

Mas, você tem toda razão, quando fala do ativismo do Judiciário.

Só não é pior, pelo fato de que a credibilidade dos juízes, diante da opinião pública, diminui a cada dia.

O Supremo tem como função, a guarda da Constituição, e isso não se discute. Porém, são discutíveis as decisões que estão acima das suas funções, quando favorecem a corrupção e também, quando invadem a competência dos outros poderes.

O grande culpado por esse ativismo judicial, é o Poder Legislativo, pela sua omissão, em função, da existência de “rabo preso”.

Na constituição existe a previsão do equilíbrio entre os poderes, que seria determinado pelos freios e contrapesos.

No entanto, vejo que a manutenção da democracia, está dependendo da pressão popular.

É preciso dar um basta no ativismo do STF.

O Rui Barbosa, que você se lembrou, tem uma frase que se tornou célebre, e hoje, ela é mais atual do que nunca:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

 

 

 

Antônio José Ferreira de Melo – Economista – antoniojfm@gmail.com

 

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