COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI: COISAS DO EXAGERO –
RELACIONAMENTO E EXAGERO
Eu, nunca fui afeito a discussões, até porque, não sabia discutir, civilizadamente, e terminava me afobando.
Digo, “não sabia”, porque, hoje, é que eu não sei discutir, mesmo. Porém, tem uma explicação. A cada dia, aprendo mais, a admitir e respeitar, que os outros, possuam opiniões, diferentes das minhas.
Na minha juventude, era muito comum, que os mais diversos assuntos, levassem às mais diversas discussões, algumas, nem sempre, com o final feliz.
Meu amigo Limarujo, que anda desaparecido da minha convivência, adorava uma discussão.
Segundo me dizem, ainda adora.
Como eu o considero quase um irmão, mas temos posições políticas opostas, para não discutir, exageradamente ou não, é melhor mesmo, que, quando necessário, nos encontremos, pelo celular.
Lembro, que certa vez, num fim de noite, sentados no “meio fio” da calçada da casa de seu Sinfrônio, ele queria discutir sobre um ponto de vista qualquer, que não me lembro mais, e eu repetia: Lima, esse é o seu ponto de vista, que diverge do meu.
Nem você vai me convencer, e, nem eu, quero convencer você.
Então, como ele sabia que eu não ia levar a discussão à frente, se levanta, segura nos meus ombros e de forma desesperada diz: tá certo. Mas, pelo menos, discuta!
Rindo, me levantei, dei “boa noite” e fui para casa.
Portanto, para mim, discussão, mesmo civilizada, é uma forma exagerada no relacionamento, uma vez que, guarda uma razoável distância de uma simples “troca de ideias” ou de “pontos de vista”, mas possui um tênue limite de tolerância.
O BRASIL E OS EXAGEROS
“Desde que me entendo de gente”, aprendi, que o Brasil, era a terra dos exageros, pois tudo, era maior que o dos outros.
O Maracanã era o maior estádio de futebol do mundo.
O futebol, era o melhor do mundo.
O carnaval era o maior espetáculo do mundo.
A floresta amazônica, era a maior do mundo, e por aí vai.
Li, recentemente, numa reportagem, que o nosso país, ainda é o maior produtor de café do mundo, responsável por aproximadamente, 40% da produção mundial.
Portanto, essa mania de grandeza, continua no imaginário do brasileiro, embora os méritos de ocupar lugares, como o maior do mundo, não sejam mais, de causar orgulho.
No quesito corrupção, que se diz existente desde o descobrimento, há tempos, o Brasil ocupa um lugar de destaque, em especial, sob os governos do pt, cujos integrantes são Ph.D., no assunto.
Para que se tenha uma ideia de ética e honra, que anda valendo, um político que foi flagrado, com dólares escondidos na cueca, é, hoje, o líder do governo no Senado.
Face a instabilidade social e política, a insegurança jurídica, a burocracia trabalhista exagerada, e os inúmeros impostos – IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS, IR – necessários para poder sustentar o tamanho do Estado, o Brasil, tem lugar, no topo, para espantar investidores.
Teremos, em breve, o maior IVA – Imposto sobre o Valor Agregado, do mundo.
Embora não muito significativos, não perdemos a primazia em outras coisas, cuja exclusividade também é nossa, como, por exemplo: paçoca, cachaça, brigadeiro, pão de queijo e acarajé.
Enfim, somos exagerados, em muitas coisas.
OS EXAGEROS DESENFREADOS DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO
Nesse Brasil de hoje, um Ministro do STF, numa canetada, dispensa uma multa de 15 Bilhões e extingue o processo, contra uma empresa, cujos serviços advocatícios tem a participação da sua mulher.
Outro, também ministro do STF, promove convescotes em Portugal, com a participação de políticos e empresários com processos no Supremo Tribunal Federal, e outro, também ministro, em comício com estudantes da UNE, se vangloria de ter eliminado uma corrente política, o bolsonarismo – conforme suas próprias palavras.
Então, dá para imaginar que há inobservância da Lei, e exageros óbvios, por quem deveria fazê-la valer e protegê-la.
Esse mesmo STF, inocentou um político, já penalizado com mais de duzentos anos de prisão, e que, diante das evidências, confessou os crimes e até se declarou, possuidor da “mania” de roubar.
Esse é o judiciário, que manda traficantes para fora da prisão e entrega, de volta, aviões, imóveis, lanchas e até drogas, se “acharem” que foram apreendidas de forma “legalmente irregular”.
Muito se questionou, e o TSE, muito procurou, tapar o sol com a peneira, defendendo a inviolabilidade do sistema eleitoral e suas urnas eletrônicas.
Agora, é divulgado, que o crime organizado acessava o sistema do Conselho Nacional de Justiça e libertava presos de alta periculosidade.
Como justificar que o sistema eleitoral do TSE era seguro e inviolável?
Somente um exagero de argumentação.
Não vamos comentar os super salários da justiça brasileira, pois aí os exageros, são incalculáveis.
Sem exagero, vemos, então, que já fica difícil concluir, se o certo é certo, chegando a duvidar, se o certo, não é o errado.
E eu, vou parando por aqui, pois como diz Expedito, todo mundo tá “canso de sabê, dessa extravagança” e desses “dizagero”.
OUTRAS COISAS DO EXAGERO
Assim como o computador começa a ler os nossos pensamentos, ou escutar o que dizemos, Expedito, parece adivinhar, quando falamos nele.
Toca o celular, e, diga quem era? Ele.
Ao atender, sou logo surpreendido com uma notícia da política, o que, na verdade, não é surpresa, em se tratando de Expedito.
Diz ele. Dôtô, aqui in Caicó tem um cabaré, e a dona, tá cum as intenção de si candidatá prá sê daputada.
Sabi o qui ela dixe?
Dixe, qui qué sê daputada, prá ir prá as assembreia legislativa, qui é o maió cabaré do Istado, pôis, di putêro, ela intende.
Dixe, inté, qui num qué si acumpará cum Janja, qui tombém cunheçe di putêro.
Cerá qui é dizágêro du povo, Dôtô?
Acho que não, Expedito.
Com relação a Lilia Saldanha, do Cabaré Sol e Lua, aí de Caicó, eu já tinha tomado conhecimento dessa pretensão dela e já a conheci no programa Politicando de Tertuliano Pinheiro e Felipe Cortez.
Estou nessa conversa, quando escuto Cristina gritar: muito bonito “Seu” Expedito. Eu já soube que você é o maior cabo eleitoral de Lilia, lá pelos sítios. Por certo, você tem muita familiaridade com as coisas do cabaré.
Vígi, diz ele: as fófóca, já chegáro puraqui.
Muié dexi di cunvelsa. Nóis tem é qui tumá pusição.
O povo foi se adescuidar e veija aí, acuma tá a situação do Brasil. Farta pôco prá quebrá.
Ói, Dôtô. Cum tanto cábra sem futuro, dismunhecando puraí, é mió butá uma puta mermo, qui sabe como cumduzí as coisa.
Dotô, cumo dizia Firmino Môra: Cristina pensa, qui é assim!!!
Ela tá é cum sardade de José Otávio, o neto mais novo dela, qui Jaciene, a nora dela e mais Luís Henrique, o filho, leváro lá prá praia, integráro prá ela, e ela, só fartava num largá o bichinho. Pur certo, si alembrando dos tempo dela.
Expedito, e como foi a temporada lá pela Barra do Cunhaú??
Dôtô, só num foi mió, purquê si acaba logo. Tudo, Cuma Deus qué e cocente. Nada, prá recramá.
Adespois qui cheguei da Barra, pra discontá os dia de forga, num tive mais discanço. Tava tudo qui era sirviço, pur fazê, e o inverno, tá na porta.
Tô chegando du roçado agora, e doido prá tumá um lapada de cachaça Extrema, pru mode tumá banho, pur conta dêce calô.
Ói, Dôtô Antonio, prá terminá, e, mudando de açunto: pêlas notiça, parece qui us urubu das capa preta, tão si cagando di medo do Galego Trump, e adespois da passage dessa cumição das OEA, a “vaca” de Alexandri Imorais, parece, qui vai pru bréijo.
É Expedito. Está soprando um vento diferente. Vamos ver, em que é que vai dar.
Tenho um amigo, que costuma dizer, que na vida “tudo passa”, pois até a uva, passa, e eu, vou continuar otimista.
É isso aí. Dôtô. Eu tombém, sô otimista, e prá afastá esse povo, eu sô é dizagerado.
Até mais vê Dotô.
Ainda escuto ele dizendo para Cristina, antes de desligar o celular: mais meu amôzinho, tava mim fazendo vregonha, na frente do Dôtô? Num sabi qui meus óio é só prá ocê?
Chegue. Mim dê um chêro e mim traga a cachaça Extrema, azulada cum aquela fulô di clitória, qui o primo, Crovis Araújo Lima, gosta muito e qui veio da Barra do Cunhaú.
Antonio José Ferreira de Melo – Economista, [email protected]