COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI: COISAS DOS ERROS –

ERRARE HUMANUM EST, PERSEVERARE AUTEM DIABOLICUM

“Errar é humano, permanecer no erro é diabólico”, é uma definição filosófica, creditada a Santo Agostinho, e, como muitos dos seus ensinamentos, é considerada sábia, por reconhecer a falibilidade humana, porém, sem aceita-la, de forma indiscriminada.

Portanto, fazer essa citação, de maneira fracionada, parece lhe tirar a sabedoria, pois da forma separada, torna a definição incompleta, por parecer aceitar, tacitamente sua condição, perdoando-lhe, incondicionalmente.

Então, dizer apenas que “errar é humano”, é procurar qualificar como que natural, um erro ou uma falha cometida pelo ser humano, face sua condição de não ser infalível.

No entanto, ao complementar como que numa ameaça, que “permanecer no erro é diabólico”, já se caracteriza o fato de que tudo tem limite, para que o ser humano não se abrigue nessa condição, de forma a justificar a eternização do seu erro.

A OPINIÃO DE EXPEDITO

Como eu gosto de ouvir as definições de Expedito, com a sua sabedoria nata, lhe telefono, para contar com a sua audiência e provocar seus posicionamentos.

Ao ser perguntado sobre o que acha da definição, ele responde “na bucha”: Dotô, “Só num erra, quem num fais”.

E eu digo: Expedito, e se fizer errado?

Ele responde: “aí si fu”.

kkkkk.

Reconhecendo que a resposta não cabia, imediatamente, se recompõe e diz: mais Dotô, tirando as brincadeira, de um açumto tão sério, eu digo que as pessoa num pode tê medo de errá, purquê sinão, num fais nada.

Num sai du canto.

Eu ja escutei du sinhô, qui “o medo de perder, não pode ser maior do que a vontade de vencer”.

Entonces, eu adebitaria acim: “o medo de errá, num pode sê maió do que a corage de acertá”.

É Expedito fica parecido, mas, na verdade, nesse caso do erro, é necessário, não somente examinar as suas palavras ou atos, mas também reconhecer ou mesmo se arrepender do erro cometido.

Entonces, tá certo. Eu concordo. Sinão, tudo qui é gente, qui fais coisa eráda, purisso, já ia pru inferno, cem condição de si arependê.

Agora, si ficá erando toda hora, aí, já é dimais, e deve pagá pelos pecado.

O Sinhô sabe qui inda tem jente qui néga e inventa mintira prá justificá o erro? Divia só si adesculpá.

Pois é, Expedito. Desculpa, foi feita para ser usada, e amenizar o erro.

Dotô, veja qui concidênça. Eu tinha pedida a Alexa pra tocar a música, ATIRE A PRIMEIRA PEDRA, de Mário Lago, e veija o qui ela diz:

“Covarde sei que me podem chamar

Porque não calo no peito essa dor

Atire a primeira pedra, ai, ai, ai

Aquele que não sofreu por amor

Eu sei que vão censurar meu proceder

Eu sei, mulher

Que você mesma vai dizer

Que eu voltei pra me humilhar

É, mas não faz mal

Você pode até sorrir

Perdão foi feito pra gente pedir”

Está vendo? Olha, Expedito, o poeta, embora se referisse ao sofrimento pelo amor, já dizia “atire a primeira pedra aquele que não sofreu”, e isso, pode se adaptar, para os erros, em geral.

Portanto, não é humilhação pedir perdão, e eu acho que é uma atitude nobre, reconhecer o que fez de errado e pedir desculpas, porém, com a determinação de corrigir o seu erro e não voltar a comete-lo.

Enfim, reconheçamos, que errar é humano, porém reconhecer o erro e corrigir é uma virtude, diferentemente de cair no pecado outra vez.

Portanto aquele que se sentir culpado, não deve ter vergonha, e, devemos louvar a sua atitude, se ele, reconhecer o erro.

Por conta dessas coisas, Expedito, em parte, eu concordo com você, quando diz, que só não erra quem não faz, porém, acrescento: “pensando bem no que vai fazer, e, se for o caso, se arrependendo do erro, para não cometer outra vez”.

O ERRO DO PADRE

Dotô, agora me alembrei di uns açuntos qui as minina dus colégio, tava falando, outro dia.

Dizendo qui as confição, qui as igreja diz qui é prá repará os pecado, muitas veis, se inquestiona, pur conta dos padri, qui são umano tombém.

As minina dizia, qui ia si aconfeçá, cum um certo padri, mais as confição, era só prá si ri.

Veja qui istóra.

O padri preguntava: você tem namorado?

Si dicesse qui sim, aí ele cumeçava a fazer os questionaro: ele bêja você? Ele pega nas suas pernas? Ele passa a mão nas sua coxas? E ia subindo as pregunta, pra adespois, dá a centença.

As mininas axam qui ele quiria, era si icitar.

Falaro até, qui ele tinha fetiche, qui eu acho qui é um tipo de doença.

Entonce Dotô, quem divia se arrependê, era esse padri, pois ele é qui tava acometendo o pecado. Ele é qui tava herando.

É Expedito. Eu, pessoalmente considero que determinadas crenças, que remontam há séculos, merecem ser revistas e atualizadas, em seus princípios.

Veja como são as coisas. Esse exemplo que você deu, demonstra muito bem, que um padre, agora, no século XXI, não pode mais exercer os poderes que datam da época de Cristo.

Segundo a Bíblia, Jesus Cristo deu aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados pela confissão, lhe atribuindo o direito de estabelecer uma penitência, que ficou conhecido como o sacramento da penitência ou do perdão.

Com o passar dos tempos as igrejas fizeram entender que esse poder foi transmitido aos sucessores dos Apóstolos, que seria, o clero, e que esse, continuaria a transmiti-los.

Como a confissão era um ato secreto, foi também estabelecido, que o sacerdote que revelasse o que lhe era dito, seria punido com a excomunhão.

É Dôtô, O Sinhô tem razão di falá isso.

Os antigo, dizia sobri os padri, qui elis namorava as biata e tombém falava das baitolage dos sacristão. Mais hoje, o qui si iscuta é qui os padri, pur não tê muié, corompi inté os mininos, quando num se namora entri elis mermo.

Nessa istora, inté os pastô protestante, anda fazendo das sua, e nessa honda de omoxesual, é uma isculambação danada.

Comu si inconfiá, nesse povo?

Eu já dixe a Cristina. Nada de si inconfessá cum esses padri.

Si quizé pidi perdão dus seus erro, peça logo a Deus.

Num quêra intermediáro.

KKKKK.

Cumigo, é acim.

ATO FALHO

Dotô, o presidente Lula, anda dizendo e fazendu uma porção de bestêra, qui inté os cumpanheiro dêle tão arreclamando.

A útima qui eu vi, foi ele agarrado cum uma jaca, dizendo umas coisa sobre os concuso do enem, qui eli nem sabi o qui é, pois, adespois, ele dixe qui ia fazê o enem, prá aprendê economia.

Oi, Tamo vendo cada coisa, nesse disgunverno do pt, qui só Deus á de nus salvá.

Sobri essas coisa, qui ele anda falando e fazendu, eu vi na tevisão, um reporte dizer qui era tudo “ato falho do 9 dedo”.

Entonces, ato falho é a merma coisa de erro?

Olha Expedito. O erro, normalmente, é resultante de uma coisa feita por conveniência ou interesse, mas, no geral, é por ignorância mesmo. Enquanto que o “Ato falho”, é uma ação provocada pelo inconsciente, como seja, uma falha ou erro de memória.

Freud, disse, que o inconsciente, só é acessível por erros, lapsos e distrações.

Então, conclui-se que não são a mesma coisa.

Veja bem. Não aconteceu ou acontece com você, numa conversa, trocar o nome de uma pessoa?

Sim Dotô. Já.

Pois é. Isso ocorre, porque no seu inconsciente, você está associando o assunto a outra pessoa, que não aquela que faz parte da conversa.

Também acontece, com os “esquecimentos”, pois, algum gesto ou assunto, não faz parte de suas prioridades, por não lhe serem importantes, ou não serem de sua responsabilidade e preocupações.

Para Freud, os “atos falhos”, são desejos inconscientes, e, ao invés de serem problema, são solução, se for lhe dada a devida atenção, para resolve-los.

Expedito. Quanto ao seu presidente Lula, não é necessário ser nenhum psicanalista, para concluir pela sua falta de senso ao falar e fazer, e, para mim, tirando os atos falhos, provocados pela cachaça, o que ele fala, está mesmo, no inconsciente dele.

Loucos, são aqueles que acreditaram na sua lucidez, imaginaram que iam “comer picanha com cervejinha”, fizeram o L, e votaram nele.

Dotô, qué sabê de uma coisa?

No meu inconsciênte, o pôvo tá acordando prá realidade do Brasil, e a solução é ir prás rua, protestá contra as coisa qui tá aí.

Inquanto isso, como ôje é o aniversaro de Cristina, vou mim arrumá prá levá ela lá no Clube dos Radioamadores e na Casa do Goiamum de Edigá e Diêgo, tomá um uisquisinho e cumê uma máça lá du restaurante de Karla.

Sháu Dotô.

Ainda escuto Expedito dizer: vâmo amô, qui já é seis e meia da noite e Radameis vai já cumeçá a cantá.

 

 

 

 

Antonio José Ferreira de Melo – Economista [email protected]

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

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