COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI: COISAS E FIGURAS DE NATAL –

 

SANDERSON NEGREIROS E MACHADINHO

Recentemente, lendo o artigo de Armando Negreiros – SANDERSON NEGREIROS: ORAÇÃO DE LOUVOR, foi que tomei conhecimento do nome completo de Sanderson: JOSÉ SANDERSON DEODATO FERNANDES DE NEGREIROS.

Excelente pessoa, de quem não posso dizer ter sido amigo e nem ter tido intimidade, a não ser em momentos de trabalho ou de eventos, quando eu tinha a oportunidade de ouvir passagens de sabedoria e cultura.

Aproveito a oportunidade e o mote do nome de Sanderson, apenas para contar um caso que ocorria, veja bem, um caso que ocorria com a frequência diária, nos tempos do Governo de Tarcísio Vasconcelos Maia, de quem ele foi Secretário de Estado para Assuntos Extraordinários.

Sanderson fazia dupla com Machadinho, o meu amigo, Jornalista João Batista Machado, que era o responsável pela área de comunicação do Governo.

Os dois discutiam os assuntos que deveriam ser divulgados e levavam para aprovação de Dr. Tarcísio, homem sisudo e de poucas palavras, aparentando até pouca paciência, apesar de muita calma.

Quem conheceu Sanderson e quem conhece Machadinho, sabe da dificuldade que tínhamos com Sanderson e temos com Machadinho, para entender o que gostariam de dizer, quando na hora do aperreio.

Pois bem, chegavam os dois para discutir os assuntos com o Governador, que até tentava traduzir o dialeto deles.

Porém, esgotadas as possibilidades, Tarcísio dizia. Façam o seguinte: voltem para as suas salas, escrevam o que querem falar e me tragam para que eu possa decidir.

Era assim que resolvia o problema.

ENGENHEIRO MARIO DUARTE

Essas OUVI de Wilson Cardoso, – homem de muitas histórias – sobre o seu amigo, eng. Mario Duarte da Costa.

Mário Duarte era coordenador técnico do CREA-RN. Muito respeitado pelos profissionais do Conselho, tinha como principais virtudes seu temperamento amável, sendo prestativo ao extremo e também dedicado para a resolução dos problemas dos engenheiros.

Enfim, como diz Wilson, um doce de pessoa, sendo figura de primeiríssima qualidade, amigo, companheiro de brincadeiras e profissional de primeira linha.

No entanto, também possuía características indiscutivelmente sectárias e tinha uma marca que, segundo o próprio, não podia deixar para trás: ser abecedista fanático, tendo, inclusive, uma jura de nunca pisar nem na calçada do América, rival maior do seu clube.

Duas passagens marcantes ele me contou, diz Wilson.

A PRIMEIRA – O LOCAL DA FESTA DE FORMATURA

Quando da conclusão do curso de engenharia, em 1978, discutia-se onde fazer a festa de formatura, e, para ele, tudo o que não poderia acontecer era a escolha do local ser o América Futebol Clube.

Pois bem, foi só o que deu.

Na votação, sendo uma turma de 30, Mário Duarte perdeu de 29 X 1.

Resultado da história. No dia da festa compareceram 29 formandos. Quem não foi? Mário Duarte!

Daí se pode aquilatar o seu grau de fanatismo pelo ABC.

A SEGUNDA – MARIO DUARTE E O DESEJO DE SUA AVÓ

  1. Maria Duarte, sua avó e quase mãe, a quem ele tinha muitos amores, vem a sofrer uma doença que quase lhe leva à sepultura.

No entanto, pelas graças de Deus, escapou.

Enquanto ela estava na UTI, Mário lhe fez a promessa de promover seu próximo aniversário, em qualquer local que ela escolhesse.

Após superar todos os prognósticos negativos, D. Maria Duarte, devidamente recuperada, resolve definir as providências para a comemoração do aniversário.

Imagine onde ela resolve fazer a festa?

Se pensou no América Futebol Clube, acertou, pois ela decidiu pela Nick Doceira, que ficava exatamente nas dependências do clube odiado por Mario.

Aí, não teve como. Ele seria obrigado a não somente promover, como também comparecer, e, não deu outra.

Ele estava lá, para comemorar o renascimento da sua Maria Duarte querida.

Depois de toda a festa, nos “domínios do América Futebol Clube”, logo ao descer da calçada para entrar no carro, Mario tirou os sapatos novos, que havia comprado para o evento, e, como tinham pisado no espaço indesejado, simplesmente, os JOGOU FORA!!!!!!

Mário Duarte, um abecedista fanático.

 

Antônio José Ferreira de MeloEconomista economista [email protected]

 

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