O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos deve escolher o republicano Donald Trump oficialmente como o próximo presidente do país nesta segunda-feira (19) em uma votação que normalmente é mera rotina. Porém, neste ano ela acontece em meio a alegações de que a Rússia realizou ataques cibernéticos para tentar influenciar a eleição.
Em reuniões marcadas em todos os Estados e no distrito de Columbia, os 538 eleitores do Colégio Eleitoral, geralmente escolhidos pelos partidos nos Estados, irão depositar votos oficiais para presidente e vice-presidente.
É altamente improvável que a votação mude o resultado da eleição de 8 de novembro, que entregou a Casa Branca a Trump depois de este conquistar a maioria dos votos do Colégio Eleitoral. A democrata Hillary Clinton venceu a votação popular.
Mas a conclusão de agências de inteligência dos EUA de que a Rússia invadiu os emails do Comitê Nacional Democrata na tentativa de fazer a eleição pender para Trump levou os democratas a exortarem alguns membros do Colégio Eleitoral a não votarem de acordo com a escolha popular de seus Estados.
Os emails vazados revelaram detalhes de alguns dos discursos pagos de Hillary a Wall Street, desavenças dentro do partido e críticas internas sobre o uso que a candidata fez de um servidor de emails privado quando era secretária de Estado. As revelações provocaram reportagens constrangedoras e levaram algumas autoridades do partido a renunciar.
Trump e sua equipe rejeitam as alegações de inteligência sobre uma interferência russa, acusando os democratas e seus aliados de tentarem minar a legitimidade de sua vitória eleitoral. As autoridades russas têm negado as acusações de interferência no pleito.
No domingo, o chefe de campanha de Hillary, John Podesta, disse que é uma questão em aberto saber se a campanha de Trump se aliou com a Rússia no que se refere aos emails, uma alegação que o futuro chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, negou. Um grupo bipartidário de senadores pediu uma investigação de um comitê especial sobre os ciberataques da Rússia e de outros países.
Fonte: Reuters