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Com alta de internações, prefeitura de Natal abre 10 leitos de UTI e decide ampliar horário de atendimento em unidades básicas

Comitê Científico Municipal se reuniu na prefeitura de Natal na noite desta quinta-feira (18) — Foto: Samuel Florêncio

Comitê Científico Municipal de Combate a Covid-19 se reuniu na noite dessa quinta-feira (18), no gabinete da prefeitura de Natal, para discutir a necessidade de adotar medidas mais restritivas contra o avanço da doença, após as altas de internação no município.

A equipe decidiu que, por enquanto, não vai restringir o horário de funcionamento do comércio, bares e restaurantes na capital do estado, ou suspender as aulas presenciais nas escolas privadas. Uma das medidas tomadas será a ampliação no horário de atendimento das unidades de saúde.

O comitê científico municipal informou que vai avaliar o comportamento da pandemia nas próximas semanas.

“O nosso comitê científico entende que a princípio não precisamos aumentar as medidas restritivas com relação ao horário de funcionamento de bares e restaurantes. Por enquanto, não. Vamos observar, vamos recomendar a profilaxias, a prevenção através das medidas sanitárias recomendadas”, justificou o prefeito Álvaro Dias.

As unidades de saúde passam a funcionar até às 20h. Além disso, o comitê informou que irá distribuir nesses locais medicamentos que não tem comprovação na prevenção e combate a Covid-19, como a ivermectina. O remédio não tem eficácia comprovada cientificamente contra a Covid-19, como informou a própria farmacêutica Merck, responsável pela fabricação do vermífugo. Segundo a empresa, não há dados disponíveis que sustentem a eficácia do medicamento contra a Covid-19.

A prefeitura anunciou também a reabertura de 10 leitos de UTI no Hospital Municipal de Campanha a partir desta sexta-feira (19), totalizando 30 leitos na unidade. De acordo com os médicos do comitê científico, a demanda de pacientes com síndromes respiratórias cresceu nas últimas semanas na rede municipal de urgência e emergência, principalmente pacientes de outras cidades atendidos na rede de saúde de Natal.

“Já foi detectado que muitos municípios, principalmente da região metropolitana, não estão conseguindo oferecer uma assistência mínima dos seus pacientes, ou fecharam serviços. E esse paciente acaba migrando aqui para a capital. E como a gente está vendo que houve esse aumento do quantitativo, então se faz necessária a abertura desses leitos pra dar uma maior assistência e fluidez às portas”, explicou o médio intensivista integrante do comitê, Augusto Ramalho.

Fonte: G1RN

Ponto de Vista

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