O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nessa sexta-feira (15) que 156,4 milhões de eleitores estão aptos a votar nas eleições de outubro, número recorde na história eleitoral do país. São 9,1 milhões de eleitores a mais que em 2018 (crescimento de 6,21%).
Contribuíram para esse aumento os jovens de 16 e 17 anos e as pessoas com mais de 70. A quantidade de eleitores dessas faixas etárias — que não são obrigados a votar — aumentou em relação à eleição de 2018.
Após uma intensa campanha do TSE que envolveu influenciadores digitais, artistas e políticos, o eleitorado de jovens de 16 e 17 anos cresceu 51,13%. Essa faixa etária registrou 716.164 eleitores a mais que em 2018.
Houve ainda um aumento significativo dos eleitores com mais de 70 anos. Agora, são 14,8 milhões, o que representa 2,8 milhões (23,82%) a mais que no último pleito.
A maior parte do eleitorado é formada por mulheres. São 82,3 milhões de eleitoras, que representam 52,65% do total. Os homens são 74 milhões (47,33%).
Estados
O maior colégio eleitoral do país é São Paulo, com 34.667.793 eleitores (22,16% do eleitorado).
O estado com o menor número de eleitores é Roraima, com 366.240 pessoas aptas a votar em outubro (0,23%). Os cinco estados com menor número de eleitores são:
Cidades
As cinco cidades com os maiores colégios eleitorais do país são:
- São Paulo (9.314.259);
- Rio de Janeiro (5.002.621);
- Brasília (2.203.045);
- Belo Horizonte (2.006.854);
- Salvador (1.983.198).
Os menores colégios eleitorais ficam nos municípios de
- Borá, em São Paulo (1.040 eleitores);
- Araguainha, em Mato Grosso (1.042 eleitores);
- Serra da Saudade, em Minas Gerais (1.107 eleitores);
- Engenho Velho, no Rio Grande do Sul (1.213 eleitores);
- Anhanguera, em Goiás (1.234 eleitores).
Entre os dez locais de votação com maior eleitorado do Brasil, quatro são de São Paulo, totalizando 66.656 eleitores. Outros três estão na Bahia — juntos, têm 49.947 eleitores.
Escolaridade
Neste ano, a maior parte do eleitorado tem o ensino médio completo. Nas eleições anteriores (2018 e 2014), a principal faixa do eleitorado era a de pessoas com ensino fundamental incompleto.
- Ensino médio completo: 41,1 milhões de eleitores (26,31%);
- Ensino fundamental incompleto: 35,9 milhões (22,97%);
- Ensino médio incompleto: 26 milhões (16,65%) ;
- Ensino superior completo: 17,1 milhões (10,95%);
- Lê e escreve: 11,2 milhões (7,1%);
- Ensino fundamental completo: 10,1 milhões (6,5%);
- Ensino superior incompleto: 8,4 milhões (5,38%);
- Analfabetos: 6,3 milhões (4,05%);
- Não informado: 32,1 mil (0,02%).
Biometria
De acordo com dados do TSE, a maior parte do eleitorado já vai poder votar com a biometria, sistema que utiliza a digital para identificar eleitoras e eleitores e que confere maior segurança.
São 118 milhões de brasileiros que poderão usar a ferramenta (75,52%) em outubro.
39% mais eleitores no exterior
Aumentou o número de brasileiros que votam no exterior.
O número de eleitores aptos a votar neste ano fora do país alcançou a marca de 697.078, 39,21% a mais que em 2018 — que teve 500.727 pessoas habilitadas a votar em outros países.
Em relação a 2014, o número quase dobrou: naquela eleição, foram 354.184 eleitores com condições de participar do pleito fora do Brasil. O voto no exterior será exercido por 0,45% do total do eleitorado brasileiro.
Nome social
O número de eleitores que vão votar com o nome social em 2022 alcançou 37.646 pessoas. Em 2018, foram 7.945 pessoas que votaram com o nome pelo qual se identificam — crescimento de 373,83%.
Nesse grupo, 20.129 pessoas se apresentam com nome feminino. Outros 17.517, com o nome masculino.
O nome social é a garantia do uso de um nome que corresponda a um gênero com o qual a pessoa se identifica.
Fachin vê ‘pujança cívica’
O presidente do TSE, Edson Fachin, afirmou que os dados mostram o engajamento do brasileiro.
“Os dados que hoje divulgamos sobre o eleitorado brasileiro demonstrar a pujança cívica no Brasil são mais de 156 milhões de eleitores e eleitoras que compõem no cadastro eleitoral o maior eleitorado da história brasileira. É com esta perspectiva de organizar, de preparar e de realizar eleições que são essenciais para democracia, que são essenciais para o Estado Democrático de Direito que o Tribunal Superior Eleitoral torna público o resultado final da sistematização do cadastramento eleitoral no Brasil”, afirmou.
O ministro voltou a destacar a segurança e a confiabilidade do sistema de votação.
“É um serviço que a Justiça Eleitoral presta como aliás tem feito em 90 anos de existência, em mais de 25 anos do sistema eletrônico de votação em prol da democracia, de um sistema seguro, transparente e auditável”.
Fonte: G1