Uma espada de três mil anos foi encontrada na Alemanha, na semana passada. O artefato da Idade do Bronze, achado pelos pesquisadores em quase perfeito estado de conservação, é uma das várias armas brancas da antiguidade já descobertas por arqueólogos. O objeto, identificado em um túmulo com ossadas de três pessoas — dentre elas, um homem, uma mulher e um adolescente — chamou a atenção pelos detalhes em zigue-zague ainda nítidos na região do punho. Relembre abaixo outras espadas como essa.
Em janeiro deste ano, arqueólogos japoneses descobriram uma espada de ferro de 1.600 anos e 228 centímetros comprimento dentro de um antigo túmulo perto da pequena cidade de Nara, localizada no sul do país a 438 km da capital, Tóquio. Junto à arma, conhecida como “espada dako”, estava ainda um espelho de bronze. Por conta do tamanho, os estudiosos acreditam que ela nunca tenha sido usada para autodefesa.
Os pesquisadores acreditam que o exemplar servia como um meio de proteção contra o mal após a morte. Segundo o site Kyodo News, por conta do comprimento, inicialmente, os estudiosos acreditaram ter encontrado várias espadas, alinhadas uma ao lado da outro, para só depois se darem conta de que se tratava de apenas uma arma. Como outras espadas dako desenterradas no país, a nova descoberta também tem uma lâmina ondulada que lembra uma cobra.v
Em 2019, um estagiário de Arqueologia desenterrou uma adaga de prata de dois mil anos, que pode ter ajudado os romanos a travarem uma guerra contra uma tribo germânica, no primeiro século dC. Nico Calman tinha apenas 19 anos quando o feito aconteceu, durante sua passagem pelo Departamento de Westphalie para a Preservação e Cuidado dos Monumentos de Campo, na Alemanha. O jovem se deparou com o item no túmulo de um soldado, no sítio arqueológico da cidade de Haltern am See.
De acordo com a Live Science, a arma estava praticamente irreconhecível por conta dos séculos de corrosão. No entanto, depois de nove meses de jateamento meticuloso, o departamento percebeu se tratar de uma lâmina de 33 centímetros. Segundo o Times, o artefato data do período de Augusto, que durou de 37 aC a 14 dC. Com isso, a lâmina e seus acessórios provavelmente estiveram na primeira fila de algumas das derrotas mais humilhantes do início da história romana.
Anos antes, em 2017, uma grande descoberta arqueológica sobre armas brancas também se deu graças a uma estudante. Trata-se da italiana Vittoria Dall’Armellina, à época aluna de pós-graduação da Universidade de Veneza, a jovem especialista em artefatos da Idade do Bronze tropeçou em uma lâmina de 5 mil anos dentro de um mosteiro que virou museu.
Encontrada na ilha veneziana de San Lazzaro degli Armeni, a lâmina Dall’Armellina e seus colegas a dois anos de estudos para rastrear as origens do artefato. Debruçados sobre uma série de arquivos do mosteiro em questão, eles descobriram que a espada veio de Kavak, um assentamento perto da antiga colônia grega de Trebizond, cerca de 150 anos atras. Hoje, o local pertence à região do leste da Turquia.
Algum tempo depois, o exemplar foi parar nas mãos do colecionador de arte armênio Yervant Khorasandjian, que o deu de presente a um monge chamado Ghevont Alishan. Após a morte de Alishan em 1901, o mosteiro adquiriu todos os seus pertences. Entre eles, estava a espada. Após essas informações, uma análise química da espada confirmou suas raízes antigas.
Formada por meio de uma combinação de cobre e arsênico (uma das primeiras formas de bronze do mundo), acredita-se que a arma seja anterior ao final do terceiro milênio aC, quando os humanos fizeram a primeira transição para a mistura de bronze utilizando o estanho.
Depois de muito cavar, a equipe percebeu que a espada foi descoberta em Kavak, um assentamento perto da antiga colônia grega de Trebizonda, no que hoje é o leste da Turquia, cerca de 150 anos atrás. Pouco depois, caiu nas mãos do colecionador de arte armênio Yervant Khorasandjian, que o presenteou a um monge chamado Ghevont Alishan. Após a morte de Alishan em 1901, o mosteiro adquiriu seus pertences – incluindo a espada, que eles confundiram com uma construção recente.
Fonte: G1