O líder indígena Cacique Raoni voltará direto para a aldeia Metuktire após alta — Foto: Ricardo Moraes/Reuters
O líder indígena Cacique Raoni voltará direto para a aldeia Metuktire após alta — Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O Cacique Raoni Metuktire, de 89 anos, líder da etnia Kayapó, deve receber alta neste sábado (25) após quase 10 dias internado. Novos exames laboratoriais realizados nesta sexta-feira (24) apontaram melhora no quadro de saúde dele.

De acordo o Hospital Dois Pinheiros, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, onde o indígena está internado, o cacique está em um apartamento do hospital aguardando os procedimentos ambulatórios para a saída.

O sobrinho-neto de Raoni, Patxon Metuktire, disse que o líder indígena deve retornar direto para a aldeia Metuktire, onde mora com a família. Segundo ele, todos estão felizes para a volta do cacique.

O médico responsável pelo tratamento de Raoni, Douglas Yanai, afirmou nesta sexta-feira que o indígena passou a noite bem, sem febre, com a pressão arterial controlada e sem mais anormalidades.

“Ele já conversa de forma mais ativa com a equipe médica e manifesta sua ansiedade em voltar para o lar”, ressaltou.

Internação

Raoni Metuktire foi internado em um hospital de Colíder, no dia 16 após passar mal. Já no dia 18 ele foi transferido de avião para Sinop após complicações gastrointestinais e desidratação.

Segundo a direção do Instituto Raoni, o cacique apresentou um quadro depressivo após a morte da mulher dele, Bekwyjkà Metuktire, no dia 23 de junho, há um mês. Ela tinha diabetes e sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Na terça-feira (21) os médicos precisaram trocar a medicação do cacique para o tratamento da infecção intestinal.

Histórico

O líder indígena é reconhecido internacionalmente pela luta que articula pelos povos indígenas. Em 1989, ele teve um encontro histórico com o cantor Sting durante o I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em Altamira (PA).

Os dois se reencontraram em 2009 na cidade de São Paulo para conversar sobre a construção da Usina de Belo Monte.

Em novembro de 2012, Raoni foi recebido pelo presidente da França, François Hollande, no Palácio do Eliseu. Na ocasião, o cacique pedia a preservação da Amazônia e dos povos que vivem na região.

No ano passado, Raoni foi chamado pelo presidente Jair Bolsonaro de “peça de manobra” usada por governos estrangeiros para “avançar seus interesses na Amazônia”.

A declaração ocorreu após o cacique se encontrar com o presidente da França, Emmanuel Macron, em busca de apoio para a defesa da Amazônia.

Fonte: G1

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