A venda de combustíveis no Brasil caiu 6% no primeiro semestre de 2018, segundo dados divulgados nessa sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). No entanto, a receita nominal com a venda desses produtos subiu 9,6% no mesmo período – acima da inflação no mesmo intervalo, de 2,6% no acumulado do ano.
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). “A venda de combustíveis já vinha num ritmo de queda, porque é uma atividade que vem numa trajetória crescente de aumento de preços”, disse a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes.
Em julho, o IBGE divulgou que o preço dos combustíveis subiu 10,46% nos primeiros seis meses do ano. Dados coletados semanalmente pela Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP) indicam que esse avanço foi puxado pelo valor da gasolina, que subiu bem mais que o do diesel, enquanto o do etanol caiu. Segundo os dados da ANP, o preço médio da gasolina para o consumidor final subiu 10%, enquanto o do diesel avançou 1,9%. Já o preço do etanol caiu 1% no primeiro semestre.
Nesta semana, segundo a ANP, houve queda do valor médio da gasolina e do etanol nas bombas, enquanto o diesel voltou a subir.
O preço médio da gasolina terminou a semana vendido a R$ 4,46, uma queda de 0,26% em relação aos sete dias anteriores. Foi a terceira semana seguida de queda. O valor representa uma média calculada pela ANP com os dados coletados nos postos, e, portanto, os preços podem variar de acordo com a região.
Na mesma semana, a Petrobras baixou o valor da gasolina nas refinarias em R$ 0,05, ou cerca de 2,3%. A medida faz parte da política de preços da empresa, que faz reajustes quase diários com o objetivo de acompanhar as cotações internacionais. O repasse ou não dos reajustes para o consumidor final depende dos postos.
Já o diesel subiu 0,18%, para R$ 3,377 por litro, também considerando a média. Foi o primeiro avanço após três semanas consecutivas de queda. O preço das refinarias segue congelado pela Petrobras desde o acordo feito para encerrar a greve dos caminhoneiros.
Porém, um estudo feito pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) obtido pelo Jornal Nacional aponta que o preço do diesel nas refinarias estaria mais barato se a política de preços da Petrobras tivesse sido mantida.
Fonte: G1
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