O salário mínimo de R$ 1.039 fixado pelo governo federal para este ano não repõe a inflação do ano passado.

Isso porque, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação do Índice Nacional de Preços ao Mercado (INPC) ficou em 4,48% em 2019. O índice serve como base para correção do salário mínimo. O INPC é diferente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial.

Com isso, se levada em conta a variação do INPC, o salário mínimo, que estava em R$ 998 em 2019, deveria ter chegado pelo menos a R$ 1.042,70 em 2020.

Para definir o valor de R$ 1.039, o governo federal usou a previsão do mercado financeiro para o INPC em dezembro do ano passado, que estava em 0,62%. Com esse INPC, o valor de todo ano de 2019 somaria 3,84%.

Entretanto, o INPC de dezembro aumentou 1,22%, o que elevou o valor do índice de inflação em 2019 para 4,48%, ou seja, acima das projeções do mercado financeiro.

Em 31 de dezembro, o ministério informou que o valor usado para correção foi de R$ 999,91.

“Como a inflação efetiva de dezembro do ano passado [de 2018] foi um pouco mais alta que a estimativa, o governo corrigiu essa diferença. Especificamente foi utilizado o valor de R$ 999,91 para calcular o salário mínimo de 2020, ou seja, o reajuste foi aplicado a partir de uma base mais alta do que o salário mínimo vigente [de R$ 998]”, informou a pasta na ocasião.

Se a correção de 4,48% do INPC de 2019 fosse aplicada sobre essa base, de R$ 999,91, o valor do salário mínimo deveria ter subido, então, para R$ 1.044,7.

Fonte: G1

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