COMO SERIA BOM –
Como seria bom se as pessoas não se discriminassem pela cor da pele, pela religião, pela sexualidade ou pela posição social. Seria um mundo diferente e, ao mesmo tempo, seria igual. Nosso planeta seria mais verde. Veríamos tudo através de lentes cor-de-rosa, como os apaixonados. Seriamos apaixonados pela humanidade.
Receberíamos mais amor, porque nós o espalharíamos. Generosidade e solidariedade seriam práticas comuns, diárias, de todos. Num mundo assim, tão ideal, seríamos mais leais e confiantes. Sem mentiras e sem meias verdades, seríamos tão livres quanto os pássaros. Seríamos tão verdadeiros quanto a luz.
Para recriarmos nossa realidade não é preciso muita mudança. O esforço não é pouco, mas, certamente, valerá a pena. Se cada um amanhecer com o firme objetivo de ser melhor, de ser o farol do próximo, seremos capazes de brilhar cada vez mais e de guiar aqueles que ainda estão à deriva. Se começarmos a assumir nossas falhas e tentar corrigi-las, seremos mestres de nós mesmos e de uma geração.
Como seria bom se respeitássemos uns aos outros, se compreendêssemos que a soberania de uma nação não representa necessariamente a derrocada da outra. Como seria bom se não utilizássemos nossa energia para o mal, se nos dedicássemos exclusivamente a aliviar as dores do irmão, se seguíssemos os preceitos do Bem como seguimos as orientações dos nossos médicos.
Na verdade, o mundo todo, hoje, caminha nesse sentido, de crescer e florescer, de ser, a cada momento, um lugar melhor, mas, para conseguir-se mudar a situação equitativamente é necessário que comecemos com a nossa mudança interior. Nós estamos entre as últimas gerações do mundo que praticam os pecados capitais e não há como negar isso. De modo que, para podermos acompanhar a onda de evolução, precisamos correr contra o tempo e contra os pequenos e feios hábitos que aprendemos a cultivar.
Como seria bom se amássemos uns aos outros acima de tudo, se víssemos qualquer próximo como um irmão, se nos dedicássemos com todas as energias para salvar nosso planeta. Como seria bom se dividíssemos nossas angústias e multiplicássemos nossas alegrias.
Deixar de lado os sentimentos inferiores, frutificar em boas ações. Fazer de cada dia uma oportunidade única de demonstrar nossa boa vontade. São atitudes assim que irão nos levar ao caminho certo. E permanecer nele é a chave para a convivência e a sobrevivência.
Como seria bom que todos nós fôssemos a imagem e semelhança do criador. Como é bom descobrir que somos. Como é bom saber que tudo isso é possível.
Ana Luíza Rabelo Spencer, advogada (rabelospencer@ymail.com)
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