A morte da medalhista paralímpica Joana Neves deixou o esporte brasileiro de luto nesta segunda-feira. Dona de cinco medalhas nos Jogos de Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020, a nadadora potiguar de 37 anos faleceu em São Paulo, na madrugada desta segunda-feira.

Amigas e companheiras de seleção brasileira de natação, Cecília Araújo e Edênia Garcia lamentaram a morte de Joaninha nas redes sociais.

Cecília, que é tricampeã mundial e também medalhista paralímpica em Tóquio, é natural de Natal e hoje mora em São Paulo. Em vídeo, se emocionou ao lembrar o início da trajetória ao lado de Joaninha.

Edênia Garcia, tetracampeã mundial e medalhista paralímpica, já havia publicado mais cedo que o “coração estava em pedaços” após a notícia do falecimento de “Dinha”, como a chamava. A nadadora postou homenagem (veja aqui) e brincou sobre uma “rivalidade” nos tempos de escola.

Joaninha, uma gigante

Joana estava em São Paulo realizando exames, em busca de um diagnóstico para episódios de convulsão que vinha apresentando recentemente. Na noite do domingo, após se sentir mal no Centro de Treinamento Paralímpico, a atleta foi levada ao hospital, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.

Joana Maria Jaciara da Silva Neves Euzébio nasceu em Natal com acondrosplasia, condição que afeta o crescimento dos ossos. Começou a nadar por recomendação médica, gostou do esporte e acabou virando uma das principais representantes do Brasil nas piscinas.

Dona de cinco medalhas paralímpicas, sendo duas de prata e três de bronze conquistadas nos Jogos de Londres 2012, do Rio 2016 e de Tóquio 2020, a potiguar também se sagrou campeã mundial e parapan-americana ao longo da última década. Sua última competição internacional foi o Mundial de natação da Ilha da Madeira, em Portugal, disputado em junho de 2022.

Na oportunidade, ela foi medalhista de ouro no revezamento 4x50m livre misto, além de prata nos 50m livre da classe S5 (limitação físico-motora). Ainda subiu ao pódio mais duas vezes durante o evento: bronze nos 50m borboleta e nos 100m livre.

– Estamos consternados com a partida da Joana Neves, nossa Joaninha. Tanto carisma fora das piscinas, tanta garra quando caía na água para representar nosso país, seu estado, o Rio Grande do Norte, seus amigos e sua familia. Quanta gente se orgulhava com as conquistas da Joaninha. E quanta alegria ela nos deu. Ela era uma tremenda atleta – disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Fonte: G1RN

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