Cientistas israelenses do Instituto Weizmann, que fica próximo a Tel Avivi, criaram uma vacina contra o câncer, ela ajuda o sistema imunológico a identificar e destruir as células cancerosas. A vacina foi administrada a dez voluntários, três dos quais se curaram e os outros ficaram com imunidade a doença reforçada. Nas palavras dos pesquisadores, a vacina ensina o organismo a reagir a uma proteína específica, presente em grande quantidade na superfície das células cancerosas. Esta proteína está presente em 90% dos tumores malignos.
A vacina é um grande avanço na medida em que até agora o organismo humano não descobria uma ameaça nas células cancerosas. Apesar de existirem quatro tipos de leucemia, o denominador comum da doença é o prejuízo sofrido pelos leucócitos, os glóbulos brancos do sangue. Essas células cancerosas podem comprometer a medula óssea, prejudicando e até impedido a fabricação de células sanguíneas saldáveis. Apesar de normalmente os médicos não conseguirem descobrir a causa, de seu tratamento não ser dos mais simples e a efetividade não ser garantida, um estudo publicado no final de setembro, pode significar um sopro de esperança para os portadores desta doença.
O grande segredo para esse importante achado científico está no tratamento com anticorpos. Nos últimos anos, os cientistas descobriram que certos anticorpos ativam os receptores de células jovens, para que elas se tornassem maduras. Entretanto, a novidade agora é que eles descobriram que alguns desses anticorpos também podem transformar essas células imaturas da medula em outros tipos de células encontradas no sistema nervoso.
Pelas experiências feitas, em apenas 24h, essas células matadoras de câncer acabaram com 15% da população de células cancerígenas. O número impressionou a comunidade cientifica e chamou atenção também pelo fato de que o ataque ocorreu somente contra células que possuíam LMA, ou seja, a leucemia mielóide aguda, sendo inofensiva para outros tipos de câncer.
Com a criação desta vacina, os portadores dos quatro tipos de leucemia, poderão ter uma esperança de vida prolongada e quem sabe, a cura por completo. Principalmente no caso de uma catástrofe nuclear, como aconteceu em Chernobyl nos anos oitenta e recentemente com o Tsunami no Japão, que fez vazar a radiação da usina nucelar, as pessoas que conseguirem sobreviver ao impacto nuclear imediato, poderão aguardar essa medicação e conseguir sobreviver e até mesmo se curar.
Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv
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