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Foi descoberto no Egito uma cidade e cemitério de mais de sete mil anos de idade. Essa descoberta pode ter sido um alento para a delibitada indústria turística egípcia que vem sofrendo contratempos sem fim desde a revolta que derrubou o autocrata Hosni Mubarak em 2011, mas que continua sendo uma fonte vital da moeda estrangeira. A cidade provavelmente abrigou autoridades de alto escalão e construtores de túmulos. Seu descobrimento pode proporcionar um novo interesse de turistas a uma das cidades mais velhas do Egito, segundo Ministério em um comunicado. O local é conhecido por Abidos, e segundo alguns especialistas deve ter sido a primeira capital egípcia perto do final do período pré-dinástico e durante o governo das quatro primeiras dinastias. A descoberta foi feita a quatrocentos metros do Templo de Seti, que é um memorial do período do novo reinado, situado diante da cidade de Luxor dos dias atuais, cruzando o Rio Nilo. Até o momento os arqueólogos desenterraram cabanas, restos de cerâmica e ferramentas de ferro, além de quinze túmulos enormes, alguns dos quais são maiores do que os túmulos dos reis de Abidos que datam da primeira dinastia, provando assim a importância das pessoas enterradas ali e sua posição social elevada durante esta era inicial da história egípcia. O Egito vem lutando para se recuperar desde a explosão do avião russo com 224 pessoas que partiu do Mar Vermelho em outubro de 2015. Mais de 14 milhões de pessoas visitaram o país em 2010, número que caiu para menos de 10 milhões no ano seguinte e, para se ter uma ideia, no primeiro trimestre de 2016 só 1,2 milhão de pessoas visitaram e estiveram no Egito, menos que os 2,2 milhões do ano anterior.

(Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

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