Infelizmente, o ano de 2016 teve um trágico recorde em que mais de 4.700 refugiados morreram tentando atravessar o Mediterrâneo, ou até mesmo o mar Egeu, em consequência das guerras e dos problemas econômicos da África. Esse número representa mais de 1.600 mortes em comparação ao mesmo período de 2015, segundo a Organização Internacional de Migração. O número total de refugiados e imigrantes ilegais que morreram chega a 4.715. São pessoas que tentaram atravessar os mares revoltos ou, quando estavam calmos, em péssimas embarcações, e perderam as vidas. Outro número que também impressiona é relacionado àqueles que conseguiram chegar à Europa, atingindo a marca de 351.080 refugiados ilegais que contra tudo e contra todos conseguiram esse êxito, dos quais 171.875 pessoas chegaram à Grécia e as outras 173.571 à Itália. Como até o ano de 2015 chegaram 883.000 pessoas, os números de 2016 indicam que o percentual de mortes por pessoa chegada aumentou consideravelmente, com cerca de 50% a mais do que o mesmo período até 2015. Das duas rotas que trazem os imigrantes à Europa, a que liga a Líbia à Sicília, ilha italiana, foi o caminho mais mortal, já que soma mais de 4.223 pessoas afogadas esse ano, aproximadamente 90% das mortes do Mediterrâneo. Outro dado interessante é que a maioria dos imigrantes africanos são oriundos da Nigéria, da Guiné, Gana, Mali, Gâmbia e também da Líbia e do Egito. Entre todos, o número dos marfinenses triplicou, de 3.000 para 10.000, enquanto os sudaneses foi praticamente o mesmo do ano passado. Por último, aqueles que chegam à Grécia tiveram um número muito diminuído em relação a 2015. E, também, o caso dos imigrantes sírios, os mais numerosos em 2015, é ilustrativo já que seu número caiu de quase 500.000 para 78.000 apenas.

(Mário Roberto MeloCorrespondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

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