O governo de Israel vem criando uma certa antipatia nas Nações Unidas pelas decisão unilateral de ampliar os assentamentos na Cisjordânia que é tido como território Palestino,  iso aconteceu após sucessivos atentados dos terroristas do Hamas e desta forma o Primeiro-ministro de israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou aos colonos judeus suas residências em terras palestinas. Na última sexta-feira (23), o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que exige que Israel ponha fim a contrução de assentamentos em territórios palestinos. Os EUA se abstiveram, pela primeira vez, de fazer uso do veto, em contraste com a posição do país há cinco anos. A decisão foi respaudada por 14 membros do Conselho de Segurança e o projeto exige que Israel interrompa imediatamente toda as atividades de assentamento nos territórios ocupados da palestina, incluindo Jerusalém Oriental.

Esta votação era para ter sido no dia 22 de dezembro, toda via, como tinha sido o Egito que tinha apresentado o documento no Conselho de Segurança, Israel pressionou o país vizinho e a votação foi adiada.  O interessante é que de nada adiantou o pedido de Benjamim Natanyahu aos EUA, no sentido de vetar a resolução da ONU, que condena as ações israelenses. Isso vem demonstrar o quanto foi decepcionante o casamento entre Obama e Natanyahu, sendo sempre visível a discórdia e a distância. A esperança agora para o líder do governo israelesne é chegada de Trump no governo dos EUA e pensando assim Israel poderá avançar essa semana projetos de construção nos territórios palestinos ocupados, apesar da recente resolução da ONU.

A resolução levou o Estado herbreu a reduzir suas relações com alguns país como, por exemplo, a Espanha. Segundo o comitê de planejamento mais 618 casas serão construídas em Jerusalém Oriental. O prefeito de Jerusalém que preside o comitê disse a EFPF que a votação, da última sexta-feira na ONU, não afeta essa reunião que já estava marcada para acontecer.

Na minha opinião, o ponto mais relevante desse episódio não foi a aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU e sim a abstenção dos EUA, que até então nunca havia acontecido. A oposição israelense saiu em defesa de Barack Obama, após o Primeiro-ministro israelense o ter criticado fortemente, acusando-o de aplicar um vergonhoso golpe anti-israelense. Israel também já retaliou e já convidou alguns embaixadores, como por exemplo a Nova Zelândia e Senegal, este último, por sinal, os israelenses já anularam seu programa de ajuda do Oeste da África. A ONU estima que cerca de quase 30 mil colônos israelenses vivem hoje na Cisjordânia, pelos quais 200 mil, somente em Jerusalém Oriental, cuja anexação nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.

(Mario Roberto MeloCorrespondente especial do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

 

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