O governo do presidente Donald Trump começou a rever sua participação no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), onde quer ver uma reforma na pauta e o fim de sua “obsessão por Israel”, disse Erin Barclay, vice-secretária de Estado assistente dos EUA. Há tempos Washington argumenta que o fórum de Genebra dá uma atenção indevida às supostas violações israelenses contra os direitos humanos, inclusive crimes de guerra contra civis palestinos na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza. Segundo Erin Barclay, vice-secretária de Estado assistente dos EUA, os Estados Unidos “continuam profundamente perturbados pelo foco consistentemente injusto e desequilibrado do Conselho em um país democrático, Israel”. Barclay disse que nenhuma outra nação tem todo um item da pauta devotado a ela, e que “esta obsessão com Israel” ameaça a credibilidade da entidade. Por enquanto não houve reação imediata do Conselho de Direitos Humanos da ONU, embora seu porta-voz, Rolando Gomez, disse em um boletim: “Os EUA vêm sendo um parceiro muito ativo e construtivo no Conselho há muitos anos, liderando uma série de iniciativas importantes, como as da DPRK (Coreia do Norte), Irã, Síria, os direitos LGBT… e muitos temas que certamente estão na pauta hoje”. O aspecto mais intrigante em que os EUA defendem Israel é com relação aos disparos de mísseis contra o território judeu, partindo de escola ou hospitais, pelos integrantes terroristas do Hamas, gerando uma reação imediata de Israel, que revida fogo na origem dos disparos dos terroristas. Por se tratar de uma escola ou um hospital é natural que os mísseis israelenses causem mortes de crianças ou de pacientes por pura irresponsabilidade e maldades dos integrantes do Hamas.
(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)
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