A perseguição contra o Estado de Israel continua no mundo todo e a origem desta vez foi na própria Organização das Nações Unidas (ONU). Uma agência das Nações Unidas publicou um relatório nessa quarta-feira (15) que acusa Israel de impor um “regime de apartheid”, de discriminação racial contra a população palestina e disse que era a primeira vez que um organismo da ONU fazia claramente a acusação. Tal acusação revoltou um porta-voz do Ministério do Exterior de Israel que comparou o relatório publicado pela Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental da ONU ao “Der Sturmer”, uma publicação de propaganda nazista fortemente antissemita. Pelo relatório relatório concluiu-se que “Israel estabeleceu um regime de separação que domina a população palestina como um todo”, dando a entender assim que Israel é um país racista, perseguindo os palestinos. No entanto, esta agência da ONU que fez tal afirmativa a imprensa mundial é baseada em dezoito estados, todos eles árabes, situados no Oeste da Ásia e tem como objetivo apoiar o desenvolvimento econômico e social dos países integrantes, logo tais afirmações não são surpresa, no entanto, foi uma falta de respeito a ONU. “O relatório como está não reflete as visões do secretário-geral (António Guterres)”, disse, acrescentando que o próprio relatório nota que ele reflete as opiniões dos autores. Os Estados Unidos, aliados de Israel, disseram que estavam revoltados com o relatório.  A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse: “o secretariado das Nações Unidas está certo em se distanciar desse relatório, mas ele deve ir além e retirar o relatório como um todo”. Já pelo lado de Israel as reações foram até calmas, Emmanuel Nahshon, porta-voz do governo de Israel, afirmou via Twitter que o relatório não havia sido endossado pelo secretário-geral da ONU. Enquanto que o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse: “A tentativa de difamar e falsamente rotular a única democracia verdadeira do Oriente Médio ao criar uma analogia falsa é desprezível e constitui uma grande mentira”, em comunicado. Contudo, Israel se encontra muito tranquila porque em conversa com os embaixadores europeus todos afirmaram que se não houvesse o terrorismo do lado palestino, o muro também não existiria, trazendo a conclusão de que o muro é para evitar morte por parte dos judeus e não separar palestinos de judeus.

(Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

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