Depois das ameaças proferidas pelo presidente sírio, Basha al-Assad, Israel não esperou muito e mais uma vez nessa madrugada atacou a principal base de defesa aérea da Síria, próxima a Damasco. O ataque foi confirmado pelos funcionários da oposição síria, já que até o momento o silêncio do governo é evidente para diminuir a necessidade de explicações públicas. Segundo relatos, quatro minutos após a meia noite, os caças israelenses atacaram os alvos militares em Mount Kasion sob o controle do governo de Assad e destruíram significativamente os sistemas de radar da defesa aérea síria. O regime de Assad ainda não publicou uma resposta oficial sobre qualquer assunto. O ataque de Israel veio somente dois dias após o governo da Síria revidar ao ataque dirigido ao comboio que estava indo para o Hezbollah, no Líbano, e que era patrocinado pelo Irã e respaldado pelo presidente sírio. Logo, apesar das ameaças de Assad, Israel agiu muito mais cedo do que se pensava. Com essa atitude, Israel quis dizer que quem continua mantendo a soberania no Oriente Médio é o Estado judeu e é melhor não mexer com ele. Inclusive, eu ousaria afirmar que Israel agiu dessa forma na certeza de que no futuro tanto o Irã, quanto a Síria, tentarão enviar armas para o Hezbollah. Assim, Israel tentará impedir no momento em que souber de tal ação e, para evitar a derrubada dos seus caças nessas ações militares, de forma preventiva destruiu a base síria de defesa aérea nacional.
(Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)