O presidente do Egito, Abdel Fatah al Sissi, visitou nessa segunda-feira (02) o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, que inclusive o elogiou, dizendo que o líder egípcio vem fazendo um trabalho fantástico em condições difíceis. “Estamos claramente com o presidente Sissi (…). Estamos claramente com o Egito e o povo egípcio”, declarou Trump no Salão Oval da Casa Branca, onde recebeu o colega que realiza sua primeira visita a Washington desde que chegou ao poder. Trump disse ainda que ambos tem muito em comum, o presidente não fez que não fez qualquer referência à violação dos direitos humanos e à liberdade de expressão no Egito, alvo de críticas de seu antecessor, o presidente democrata Barack Obama. Sissi – cujas declarações foram traduzidas por um intérprete – manifestou sua “admiração com a personalidade” de Trump e sua vontade de trabalhar com o presidente americano em “uma estratégia eficaz contra o terrorismo”. Desde sua chegada ao poder, em junho de 2014, Sissi mantinha uma conturbada relação com o governo Obama, cuja administração criticava os abusos e violações aos direitos humanos por parte do regime egípcio. Pouco antes da chegada de Sissi à Casa Branca, um funcionário revelou que a questão dos direitos humanos poderia ser tratada de “forma privada e discreta”. O mesmo funcionário acrescentou que Trump estava “interessado em escutar a visão do presidente Sissi sobre a Irmandade Muçulmana”, grupo político egípcio que o governo americano analisa incluir em sua lista de organizações terroristas.

 

(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

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