Cerca de mil e trezentos detentos palestinos iniciaram uma greve de fome nessa segunda-feira (17), o número pode aumentar, por atualmente existe cerca de 6.500 palestinos, incluindo 62 mulheres e 300 menores infratores que podem aderir a greve. O movimento foi idealizado convocado por Marwan Barghuthi, líder da segunda intifada condenado à prisão perpétua. Eles reivindicam “acabar com os abusos” da administração penitenciária israelense, afirma Barghuthi em um artigo enviado ao jornal americano The New York Times. Ele está detido na penitenciária de Hadarim, norte de Israel. Os prisioneiros pedem, entre outras coisas, telefones públicos nas penitenciárias, direitos de visita ampliados, o fim das “negligências médicas” e dos envios ao isolamento, assim como acesso aos canais de televisão e à climatização. Para quem não se lembra de Barghuthi, ele foi o grande rival do presidente palestino, Mahmoud Abbas. Segundo as informações na imprensa israelense, a greve de fome já contabiliza 1.500 prisioneiros que se negam a comer, com intuito de se denunciar as condições na detenção. Israel não vai negociar com os presos palestinos em greve de fome, afirmou nessa terça-feira (18) o ministro da Segurança Interna do Estado, Guilad Erdan.
(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)
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