Ontem o Shin Bet (serviço de inteligência israelense) impediu duas irmãs palestinas, residentes da Faixa de Gaza, de entrarem em Israel. O motivo é alarmante e como não vai sair em nenhum jornal do mundo, apenas na mídia israelense, eu explico aqui. É que uma delas tem câncer e as duas conseguiram uma permissão especial do governo israelense para tratamento em um hospital de Israel. Sabendo que as duas irmãs tinham conseguido essa permissão de entrada, o Hamás as sequestrou e instalou explosivos nos aparelhos médicos da menina com câncer para que se explodisse ao chegar no hospital. O Shin Bet descobriu e impediu que elas entrassem em Israel. O Hamás usou a ajuda humanitária israelense e a condição médica de uma menina com câncer para seus atos terroristas. Infelizmente, o muro e os checkpoints, que são motivos de acusações de apartheid, existem para evitar esses ataques suicidas. O Hamás não tem pena da sua própria população, usa e explora ajudas humanitárias israelenses como um “ponto fraco”. Isso dificultará que o governo faça novas concessões de permissões de entrada no futuro, mesmo que para fins médicos. Quando isso acontecer sairá nos principais jornais ao redor do mundo: “Israel impede tratamento de paciente com câncer”. E aí, talvez, você se lembrará desse meu pequeno texto. Não importa o que você pensa sobre o conflito. Mas quem ignora esse tipo de coisa não é pró-Palestina, é anti-Israel.
Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv