O presidente norte-americano, Donald Trump, acompanhado de sua esposa, Melania, chegaram em Roma e se dirigiram ao Vaticano, para um encontro reservado com o Papa Francisco. Ao que tudo indica, o líder estadunidense não chegou de mãos vazias, porque se existe um presente que o Papa gostaria de receber de Trump seriam boas notícias no que diz respeito a paz entre israelense e palestinos, bem como em toda região do Oriente Médio. Como os diálogos do chefe da Casa Branca com a cúpula árabe, encontro realizado na Arábia Saudita que contou com todos os expoente da liderança árabe da região, trouxe bons frutos, diminuindo assim a decepção do mundo árabe com relação ao presidente americano. O que mais chama atenção nesse momento é a esperança de paz entre israelenses e palestinos, já que os encontros com Benjamin Netanyahu e com o presidente da autoridade palestina, Mahmoud Abbas, traz grandes chances de um possível acordo de paz, embora na minha concepção, vai de encontro a tudo aquilo que nós conhecemos até o presente momento. Israel continua intransigente no que diz respeito a dizer que Jerusalém é indivisível, sendo a única capital do Estado judeu, bem como não pensa em recuar suas fronteiras expandidas e acrescento também que a possibilidade da embaixada norte-americana ser transferida de Tel Aviv para Jerusalém não está descartada, confirmando assim mais um obstáculo no processo de paz. Os palestinos reivindicam a parte oriental de Jerusalém como capital do seu futuro Estado. Desta forma, fica difícil de saber que tipo de coelho Donald Trump tem na cartola, frente aos fatos divergentes entre Israel e Palestina, para como num passe de mágica solucionar as questões destes países. Vale salientar que o Estado Palestino não está em negociação, então, só posso acreditar que se trata de uma injeção dinheiro muito grande por parte do governo americano para recuperar a palestina do caos que se encontra atualmente. No entanto, ainda que esse dinheiro venha a ser usado a fim de recuperar os territórios palestinos, fica difícil crer que o Hamas concordará com esse tipo de acordo, dando a entender que os ataques terroristas continuarão contra Israel e que naturalmente uma reação dos judeus virá, interrompendo assim o hipotético acordo de paz que Trump está tão convicto que acontecerá.

(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

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