A terrível violência continua no Oriente Médio, pra ser mais preciso, na Síria. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu o fim imediato dos ataques contra os civis em território sírio. O regime de Bashar Al-Assad, presidente sírio, bombardeou os rebeldes na região de Guta Oriental, próximo a capital Damasco, que mataram cerca de 100 pessoas, incluindo 100 crianças. O ataque da última segunda-feira (19) foi o mais violento registrado até o momento, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), na Guta Oriental, região em que muitos rebeldes contra o vigente governo se situam. Lá, cerca de 400 mil pessoas vivem cercadas e em péssimas condições. Os opositores do presidente sírio que se encontram no exílio denunciaram o que vem acontecendo na região, eles chamam o conflito de “guerra de extermínio”, criticaram o silêncio internacional, principalmente no que diz respeito aos crimes de guerra cometidos pelo governante. Os intensos bombardeios dessa última segunda lotaram todos os hospitais disponíveis ainda na região. Os ataques deixaram 450 feridos, dentre eles 150 em estado grave com risco de morte, o que significa que o número de vítimas fatais deve aumentar. Ainda hoje, ao menos nas últimas horas, os ataques aéreos e de artilharia prosseguiam contra várias cidades da região, região está que foi cerca desde 2013 pelo regime de Assad e que sofre com a escassez de alimentos e produtos de um modo geral. Para se ter uma ideia, no necrotério de Duma, uma das cidades de Guta Oriental, é muito comum ver parentes de vítimas desaparecidas a procura dos corpos de entes queridos. Já na cidade de Hamoria os civis aterrorizados, tentam escapar dos ataques e pedem a Deus misericórdia e um pouco de esperança, nesta guerra que já matou mais de 340 mil pessoas desde 15 março de 2011.
(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)