Desde 1967, na famosa Guerra dos Seis Dias, que vários artefatos foram colocados na área em que se encontra o possível local em que Jesus foi batizado, durante este período. Agora, especialistas israelenses e estrangeiros começaram a eliminar milhares de minas e dispositivos explosivos de guerra, disseminados em um dos lugares mais sagrados do cristianismo, na Cisjordânia. As operações tiveram início esta semana em Qasr el Yahud, na margem Oeste do rio Jordão, um dos lugares, segundo a tradição cristã, em que Jesus foi batizado por João Batista. As minas e artefatos explosivos foram colocados durante a Guerra dos Seis Dias, que envolveu Israel e uma coalizão árabe em junho de 1967, após o conflito, o Estado judeu ocupou a faixa da Cisjodânia. A Halo Trust, ONG especializada em desminagem que participa da operação, estima em 2.600 o número de minas antipessoal que se encontram em Qasr el Yahud. A previsão é que os trabalhos – que se estendem por uma área de 1 km² – durem dois anos e tenham um custo de cerca de US$ 1,5 milhão, segundo a organização. “Algumas destas minas e artefatos explosivos são israelenses, outros jordanianos, e a origem de outros só saberemos quando os encontrarmos”, afirmou à AFP uma porta-voz do Ministério da Defesa israelense, Arielle Hefez. Estima-se que a cada ano, 400.000 peregrinos visitam uma pequena zona desminada do local sagrado de Qasr el Yahud, sob controle militar israelense e que está parcialmente aberta ao público.

 

 

(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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