O conflito entre os palestinos e israelenses vem se agravando após o Hamas decidir acampar  na fronteira com Israel, depois do que estava previsto para ser uma marcha pacifica, e que terminou em conflito violento, com soldados na fronteira proibindo os palestinos de adentarem no território israelense. O confronto deixou, só ontem, 10 palestinos mortos e muitos feridos. Um deles era um jornalista palestino de 31 anos de idade, que veio a falecer. Além dele, outros sete jornalistas também foram feridos, segundo as fontes palestinas. O exercito israelense disse que o jornalista morto não estava trabalhando,  e sim era um dos ativistas que tentou entrar no território israelense e foi advertido com tiros. Ele foi atingido no abdomen e não resisiu ao ferimento.

O Sindicato de jornalistas palestinos qualificou de insistência do exercito de ocupação em continuar cometendo crimes deliberados contra os profissionais palestinos e de tê-los como alvo. Israel respondeu que eles não sabem o que estão falando, porque preliminarmente não existe ocupação de territórios palestinos perto da Faixa de Gaza. Segundo disseram, isso só ocorre na Cisjordania.  Adiantaram também que jornalista não invade território inimigo e sim o militante. E reafirmaram que a ordem dada ao exercito israelense é impedir qualquer invasão. De qualquer forma o Sindicato esclareceu que ele estava identificado e vai denunciar o fato em tribunais e fóruns internacionais, além de pedir a proteção da ONU para seus trabalhadores.

O jornalista morto foi enterrado hoje em Gaza e o Sindicato pediu proteção máxima no funeral. Alem disso, convocou os repórteres da Cisjordania para homenagear o colega morto. O enterro ocorreu às 6h desta manhã, horário de Brasilia.

Mario Roberto MeloCorrespondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv.

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