Israel vem acompanhando de perto o diálogo entre o Irã e os Estados Unidos, se é que é possível chamar de diálogo. Os EUA saíram do acordo internacional com o Irã, firmado em 2015, junto com a Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha. Os EUA desde ontem (07) estão aplicando sanções severas ao país persa, embora os europeus continuem apoiando o acordo e tentando convencer o presidente Donald Trump a voltar para o acordo. No comunicado dessa terça-feira, Trump reiterou as palavras do Primeiro Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e disse que o acordo foi horrível, unilateral e acabou proporcionando ao governo iraniano o dinheiro necessário para promover um clima de conflito no Oriente Médio. Ele aproveitou o ensejo e advertiu os demais países que continuam no acordo, de que eles correm o risco de sofrer as consequências num futuro próximo. Trum reiterou também a sua disponibilidade de firmar um novo acordo, mais amplo, com o Irã, que aborde todo um acordo de atividades malignas do país, incluindo seu programa de mísseis balísticos e o seu apoio ao terrorismo. Antes da divulgação da nota, o secretário de estado dos EUA, Mike Pompeu, tinha assegurado que as novas sanções contra o Irã serão impostas de forma rigorosa e vão ser mantidas até que o governo iraniano altere sua política. Vale salientar que o decreto presidencial proíbe igualmente a transação financeira no setor automobilístico, ferroviário e impede a aquisição de dólares por parte do Irã. Prevendo ainda a imposição de sanções a todos que comprarem ou facilitarem a emissão da dívida iraniana
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)