O que parecia ser uma terrível e longa guerra entre Palestina e Israel, terminou ontem (13), por volta das 17, graças a intervenção do Egito que enviou o seu ministro das relações exteriores para mediar as partes envolvidas. Foi assim que os militantes palestinos em Gaza disseram nessa terça-feira que acataram a proposta de cessar-fogo, já o governo israelense até hoje não tinha se pronunciado oficialmente sobre o acordo, mas fontes diplomáticas do jornal israelense Haaretz confirmaram a trégua. Isso foi confirmado ao não se ouvir mais disparos de mísseis, tanto do lado palestino, como do lado israelense da fronteira. Por sinal, tudo levava a crer que seria um conflito muito mais difícil de ser solucionado do que da última vez em 2014, pois em dois dias o Hamas disparou certa de 420 mísseis contra o território judeu, com uma nova estratégia, que trouxe muita preocupação as forças de defesa israelense, pois disparavam vários mísseis de uma vez só, dificultando assim a interceptação dos mísseis antimísseis. Como não poderia deixar de ser, essa troca de foguetes deixou dois mortos na Faixa de Gaza e um do lado de Israel, significando assim que foi muita sorte, com relação a quantidade de mísseis disparados de ambos os lados. O Hamas já anunciou que continuará a trégua desde que Israel também não dispare contra a Faixa de Gaza. Os moradores do território palestino viram o cessar-fogo como uma vitória para o Hamas, por ter feito Israel ceder. Em meio a uma aparente calmaria, centenas de apoiadores do grupo foram as ruas em apoio ao braço militar do Hamas. Na cidade de Sderot, sul de Israel, uma das mais atingidas pelos morteiros lançados do território palestino para o judeu, dezenas de manifestantes queimaram pneus, bloquearam o trânsito e gritaram “desgraça” em protesto a trégua, que consideram uma concessão do governo israelense a violência do grupo palestino. O Conselho de Segurança da ONU fez nessa terça-feira (13) uma reunião de portas fechadas para discutir a situação, o encontro foi pedido por representantes do países árabes, bem como a Bolívia, juntamente com a Venezuela que sempre defendem os interesses palestinos, no conflito com Israel. E o mais importante é que a vida segue tranquila com cada macaco no seu galho.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)
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