O Serviço de Inteligência israelense, conhecido no exterior por Mossad, conseguiu evitar um sério atentado a judeus da Argentina, comunicando as suspeitas a polícia federal argentina que de imediato chegou aos dois jovens argentinos de origem árabe ligados ao Hezbollah do Líbano. Os dois suspeitos de respectivamente 23 anos e 25 anos, foram detidos nessa quinta-feira (22) em uma residência de Buenos Aires e juntos com eles a polícia encontrou um pequeno arsenal, incluindo um rifle, uma espingarda e várias pistolas, além de outros armamentos. Segundo as autoridades, no imóvel em que a operação foi realizada também foram encontradas evidências de viagens para o exterior, junto com credenciais em árabe e uma bandeira do Hezbollah. A Mossad já sabia da presença do Hezbollah desde o ano de 1990, pelo que o governo de Israel vem pedindo proteção aos judeus da América do Sul, principalmente na Argentina, onde em 1992 o Irã efetuou um terrível atentado na embaixada israelense em Buenos Aires, matando 29 pessoas e ferindo 242. Dois anos depois, o Hezbollah fez mais um atentado terrorista bombardeando o centro comunitário judaico da AMIA na cidade, em um ataque que matou 85 pessoas e feriu centenas. Desde então a vigilância na Argentina, bem como no Paraguaia, principalmente em Foz do Iguaçu e agora também no Brasil, por conta da posição política do presidente eleito, Jair Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, causando uma grande decepção no mundo árabe, aumentou consideravelmente para evitar novos atentados. O Brasil não está na lista de Israel em que o antissemitismo preocupa os judeus, mas pela minha experiência aqui em Israel, a partir do momento em que Bolsonaro transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, o Brasil já não estará imune aos atentados muçulmanos, principalmente contra os judeus.

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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